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Capital

Vila Popular volta a ter alagamento e 30 famílias são expulsas de casa

Daniel Machado | 18/12/2014 21:33
As águas subiram mais de um metro, deixando cerca de 30 famílias desabrigadas (Foto: Simão Nogueira)
As águas subiram mais de um metro, deixando cerca de 30 famílias desabrigadas (Foto: Simão Nogueira)

Por conta da forte chuva desta quinta-feira (18), cerca de 30 famílias da rua Rádio Maia, no bairro Vila Popular, tiveram suas casas invadidas pelas águas do transbordo do córrego Imbirussu e ficaram totalmente desalojadas.

A prefeitura, por meio da Secretaria de Assistência Social, montou uma operação especial para socorrer as vítimas. A secretária, Janete Belini, e o coordenador de Assuntos Comunitários, Elvis Rangel, juntamente com uma equipe de assistentes sociais, estão neste momento no local para fazer o levantamento da situação e tomar as medidas emergenciais cabíveis.

“A equipe está levando alimentos, colchões, roupas de cama, roupas para ajudar as famílias que perderam tudo. Esta noite os moradores vão ficar abrigados na Escola Municipal Frederico Soares, a uma quadra daqui, e devem permanecer por lá até que a situação seja avaliada e todos possam voltar para suas casas”, disse a secretária Janete. “Deslocaremos também uma cozinheira para preparar as refeições a essas famílias na escola”.

Bombas de sucção para auxiliar na retirada da água represada e caminhões pipas para lavar a rua também serão encaminhados ao local. “O prefeito Gilmar Olarte pediu pessoalmente para que déssemos todo o apoio necessário às vítimas do alagamento e com o máximo de agilidade, portanto amanhã retomaremos o trabalho logo pela manhã até que tudo seja normalizado”, acrescentou o coordenador de Assuntos Comunitários.

Prejuízo – As águas, que atingiram cerca de um metro de altura, danificaram os mobiliários, colchões, eletrodomésticos e os mantimentos das famílias, que tiveram de aguardar até o início da noite para o nível baixar e poderem assim dar início ao mutirão de limpeza.

O clima era de desespero e desolação. É o caso de João Paulo Rosa, de 22 anos, que viu sua piscina e seu tanque de peixes serem invadidos e perdeu toda sua criação de pacu, carpa e piraputanga.

A atendente de creche, Antônia Nascimento Verçosa, 47, estava trabalhando na Santa Casa quando soube do alagamento em sua rua e deixou o serviço às pressas para tentar minimizar os danos. “Vim assim que eu pude, mas já era tarde. Desligamos toda a energia elétrica para não causar acidentes e subimos os mantimentos para cima dos armários. Agora é contabilizar os prejuízos e recomeçar novamente”.

A situação de Rosemeire da Silva, de 38 anos, foi ainda pior. Ela perdeu sofá, cama, armário, vestuário, roupa de cama e uma geladeira, que ficou boiando na cozinha. “Minha preocupação maior foi com as quatro crianças que moram comigo aqui, só depois corri para ver o que podia salvar, mas não sobrou quase nada. Não sei o que vai ser de nós agora”, lamentou.

Poucos metros dali, em situação ainda mais catastrófica estava um grupo de três famílias da etnia Terena, entre as quais cinco crianças. A casa deles, de número 394, foi onde as águas atingiram a maior altura na rua: um metro e meio e um total de 15 desabrigados. “A maioria aqui é desempregado, só eu trabalho numa fábrica e agora não sei o que fazer”, disse o índio Donaldo Fernandes, de 45 anos.

A secretária Janete Lins e equipe foram ao local socorrer as vítimas (Foto: Daniel Machado)
A secretária Janete Lins e equipe foram ao local socorrer as vítimas (Foto: Daniel Machado)
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