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Capital

Prefeitura põe favela no chão, mas não retira entulho e preocupa moradores

Alan Diógenes | 15/11/2014 10:53
Barracos foram derrubados ao lado de condomínio, mas lixo ainda permanece no local. (Foto: Alcides Neto)
Barracos foram derrubados ao lado de condomínio, mas lixo ainda permanece no local. (Foto: Alcides Neto)

A Prefeitura de Campo Grande retirou as famílias que viviam na favela Portelinha, no Bairro Morada Verde, no dia 31 de outubro, derrubou os barracos, mas ainda não retirou os entulhos do local. Os moradores estão preocupados com a infestação de insetos e doenças que podem surgir devido a sujeira na região.

Conforme o cabeleireiro Anjo Custódio dos Santos, 65 anos, que mora em frente à favela, funcionários da prefeitura estiveram no local e informaram que iriam limpar a área, o que não aconteceu. “A vizinhança toda está reclamando. Eles têm que tirar essas embalagens, vasos sanitários e as lonas que estão acumulando água, para evitar a dengue”, comentou.

Ele ainda reclama da presença de usuários de drogas, que utilizam os barracos mal derrubados para fazer o uso de entorpecentes. “Esses se escondem aí dentro, principalmente durante a madrugada quando todo mundo está dormindo. Meu medo é que eles roubem ou assaltem as pessoas por aqui”, explicou.

De acordo com a porteira do Condomínio Atílio Toniazzo, localizado na frente da favela, Laura Cristina Garcia, 38 anos, os moradores estão reclamando também do visual do bairro, que ficou prejudicado com a sujeira. “Eles estão falando que o bairro estão feio com essa sujeira. Acredito que no mesmo dia em que tiraram o pessoal de lá deveriam passar uma máquina para fazer a limpeza do local”, destacou.

Na favela ainda existem 15 famílias que não foram contempladas com casas próprias e aguardam cadastro na EMHA (Agência Municipal de Habitação). Esse é o caso da dona de casa Juraci Arruda Vicente, 72 anos, que vive há quatro anos na favela.

“A prefeitura retirou o pessoal daqui e prometeu fazer uma avenida ou uma praça, mas até agora não vimos nem sinal da obra. Por isso não me preocupo muito, porque não tenho para onde ir e vou ter que ficar aqui”, finalizou.

A prefeitura informou que a remoção das famílias ainda não foi concluída no local. Quando concluída, a sujeira será retirada para a construção de uma nova via.

Juraci é uma das pessoas que não conseguiu casa para deixar a favela. (Foto: Alcides Neto)
Juraci é uma das pessoas que não conseguiu casa para deixar a favela. (Foto: Alcides Neto)
Anjo teme que doenças apareçam no bairro por causa do lixo. (Foto: Alcides Neto)
Anjo teme que doenças apareçam no bairro por causa do lixo. (Foto: Alcides Neto)
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