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Capital

Prefeitura quer transformar lixo em tijolo para construir casas populares

Antonio Marques | 04/07/2015 15:50
Projeto da prefeitura prevê transformação de parte do lixão em tijolos para construção de casas populares (Foto: Marcos Ermínio)
Projeto da prefeitura prevê transformação de parte do lixão em tijolos para construção de casas populares (Foto: Marcos Ermínio)

Depois de ampliar a coleta seletiva e incluir a Capital entre as três cidades no país em reaproveitamento de material reciclável, com previsão de atender cerca de 100 mil domicílios e coletar 600 toneladas por mês, a prefeitura de Campo Grande quer transformar lixo em tijolo para construção de casas populares. Parte do custo de R$ 12 milhões do projeto já teria sido aprovado pelo Ministério do Trabalho.

Segundo o prefeito Gilmar Olarte (PP), durante a solenidade de ampliação da coleta seletiva, nessa semana, trata-se de um projeto piloto no país, que foi protocolado pelo diretor-presidente da Funsat (Fundação Social do Trabalho de Campo Grande), Cícero Ávila de Lima, junto ao Ministério do Trabalho. “Já temos parte dos recursos aprovados no Ministério do Trabalho e aguardamos agora a manifestação do Ministério das Cidades”, garantiu Olarte.

Conforme o prefeito, a ideia é transformar parte do lixão em tijolos de alta resistência, que depois seriam utilizados para construção de casas populares aos trabalhadores do aterro sanitário. “Também vamos treinar os moradores da região do lixão para usar os tijolos na construção de um conjunto habitacional diferenciado. Até o tamanho da casa será maior”, explicou Gilmar Olarte.

Depois de aprovado a segunda parte dos R$ 12 milhões necessários para implantação do projeto, a prefeitura terá cerca de um ano para executá-lo, incluindo aí o prazo de treinamento dos trabalhadores do lixão e a implantação dos equipamentos para fabricação dos tijolos. “Queremos profissionalizar os trabalhadores e ao mesmo tempo construir suas casas”, declarou Gilmar Olarte.

Técnica – No interior de São Paulo, na cidade de Araraquara, técnica idêntica foi desenvolvida pelo químico, Marcelo dos Santos. Após a separação, o lixo orgânico passa por um triturador e é fragmentado. Em seguida vai para um misturador, onde uma composição química é acrescentada ao material.

Além da reutilização do lixo, que visa oferecer um destino sustentável ao lixo doméstico, o custo para a fabricação de cada tijolo com a nova composição pode cair pela metade, já que o produto originado pelo lixo doméstico é autossustentável e pode substituir até 50% da areia e 30% do concreto utilizados na produção convencional.

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