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Capital

Prefeitura recorre à rede privada para atender pacientes em estado grave

Antonio Marques | 28/05/2015 15:35
Apesar de o prédio estar pronto desde de janeiro deste ano, a nova Central de Regulação ainda não funciona na Capital. (Foto:Gerson Walber/Prefeitura)
Apesar de o prédio estar pronto desde de janeiro deste ano, a nova Central de Regulação ainda não funciona na Capital. (Foto:Gerson Walber/Prefeitura)

Na semana passada a Prefeitura de Campo Grande precisou comprar nove vagas na rede hospitalar privada para atender a internação de pacientes em estado grave. Segundo o coordenador de urgência e emergência da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Frederico Garlipp, o município tem recorrido a esse serviço, como parte dos esforços para assegurar o atendimento de saúde à população, em decorrência da lotação nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA). O funcionamento da nova Central de Regulação, pronta desde de o mês de janeiro, poderia facilitar o controle de vagas na rede conveniada ao SUS (Sistema Único de Saúde)

Conforme a assessoria de Comunicação, a situação é provocada pela superlotação dos leitos de UTI (Unidades de Tratamento Intensivo) disponíveis na rede de hospitais conveniados ao SUS (Sistema Único de Saúde) na Capital. A Prefeitura alega que no último final de semana, quando o sistema de regulação não conseguiu garantir o encaminhamento de vários pacientes aos hospitais conveniados ao SUS, foram feitas diversas tentativas de comprar vagas nos hospitais privados que também alegam superlotação. “A Prefeitura tem feito a sua parte, se esforçando para garantir o atendimento da população”, assegura o secretário de Saúde, Jamal Salém.

Hoje a rede hospitalar conveniada ao SUS na Capital, segundo a Prefeitura, dispõe de 97 leitos de UTI na Santa Casa; 10 de adulto e 15 pediatria na Santa Casa, além de 20 vagas no Hospital Regional, onde há espaço para oferta de mais 40. “A superlotação destes leitos é sazonal. Nos períodos de mudança brusca de temperatura, o problema aparece, porque crescem as doenças respiratórias entre idosos e crianças”, comentou Frederico Garlipp.

Ainda de acordo com a Prefeitura, o sistema de regulação precisa ser aperfeiçoado, para que o município, como gestor pleno da saúde, possa ter um controle efetivo do fluxo de atendimento nos hospitais. Atualmente, o pedido de vaga é encaminhado pelo Samu (Serviço Móvel de Atendimento de Urgência), que entra em contato com o hospital por telefone ou fax. “É um sistema muito precário, que impede, por exemplo, uma melhor gestão das vagas, com o remanejamento dos pacientes já internados”, comentou Jamal Salem.

Central de Regulação - conforme o assessor especial da Sesau, Antônio Lastória, esse quadro já poderia ter sido revertida se já estivesse funcionando a nova Central de Regulação. Desde janeiro está pronto o novo prédio da central de Campo Grande, construído pelo Governo do Estado na Avenida Afonso Pena, esquina com a Rua Bahia.

De acordo com Lastória, que foi secretário de Estado de Saúde até dezembro de 2014, o projeto inicial da Central de Regulação era que o Governo adquirisse o sistema informatizado de regulação e entregasse a gestão do sistema aos municípios. “Até agora os equipamentos não foram comprados, nem a nova equipe que comanda a Saúde definiu o formato de gestão que pretende adotar”, explica o assessor da Sesau.

Junto com esta estrutura, que permitiria o acompanhamento em tempo real da internação e das altas dos pacientes de emergência na rede hospitalar, a Secretaria de Saúde defende a implantação dos núcleos internos de regulação nos hospitais, integrado por médicos, que teriam autonomia para monitorar o fluxo destes pacientes nos leitos de terapia intensiva.

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