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Capital

Prefeitura vai instaurar sindicância para apurar morte de paciente em posto

Marido alega negligência médica em não transferir sua esposa para um hospital com mais recursos

Leandro Abreu | 15/05/2016 16:44

A Sesau (Secretaria Municipal de Saúde Pública) vai instaurar uma sindicância para apurar as causas da morte de Selma Maria Jaimes da Silva, 40, que deu entrada no posto de saúde do Tiradentes no sábado (14) com problemas pulmonares e morreu na manhã de hoje. De acordo com o secretário Ivandro Fonseca, pelas informações preliminares do prontuário médico de atendimento da paciente, não houve negligência, imperícia ou imprudência dos profissionais do posto.

Conforme Fonseca, tudo que poderia ser feito para salvar a vida da paciente, foi realizado. “Mesmo assim vamos apurar o caso na íntegra. Vou instaurar uma sindicância para apurar os fatos e amanhã deve sair a publicação”, explicou.

Para o secretário, a alta demanda de pacientes do interior do Estado faz com que sobrecarregue os hospitais públicos, que acabam com leitos cheios. “Todos os dias compramos leitos na rede privada. E o Governo esta comprando para os pacientes do interior?”. Alegando essa divisão de responsabilidades, a prefeitura enviou um ofício ao Governo do Estado solicitando apoio na compra de leitos particulares para pacientes que estão internados em postos de saúde aguardando por uma vaga. Conforme Fonseca, até o momento não houve resposta.

Na quinta-feira (12), o Campo Grande News publicou uma matéria com a informação de que a Prefeitura da Capital já gastou R$ 3 milhões desde agosto do ano passado com leitos particulares para internar pacientes.

Selma tem problemas pulmonares há aproximadamente quatro anos e fazia tratamento com medicação. Na manhã de ontem ela passou mal e desmaiou em casa. O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e encaminhou a paciente para o posto do Tiradentes.

Hoje Selma teve uma nova crise e voltou a passar mal, mas a equipe de médicos plantonistas não conseguiu reanimá-la. De acordo com o marido, Donizete José da Silva, 44, que registrou uma ocorrência de morte a esclarecer, se a esposa tivesse sido transferida para um hospital com mais recursos, a morte poderia ter sido evitada. Ele relata ainda que os médicos alegaram falta de vaga nos hospitais, por isso não transferiram a vítima.

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