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Capital

Presidente do Incra se reúne com sem-terra e anuncia verba de R$ 12 milhões

Aliny Mary Dias | 17/07/2013 11:29
Encontro com movimentos deve durar todo o dia em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)
Encontro com movimentos deve durar todo o dia em Campo Grande (Foto: Cleber Gellio)

A presidente em exercício do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Érika Galvani Borges, se reúne com representantes de movimentos sociais e dos sem-terra nesta quarta-feira (17) em Campo Grande. Após três anos de reforma agrária parada no Estado, os trabalhos foram retomados nos últimos meses e a liberação de R$ 12 milhões em créditos foi anunciada pela presidente durante o encontro.

Érika afirma que os valores destinados a Mato Grosso do Sul têm objetivo de suprir as demandas do órgão e dos movimentos. “Esse recurso é para o fomento da reforma agrária no Estado. A regional irá tomar as providências para definir o fim dos valores que serão repassados”, explica a presidente do órgão.

Do total a ser liberado, R$ 1,7 milhão já está na conta do órgão no Estado, outros R$ 5 milhões devem ser depositados até a próxima semana. O restante do valor, segundo Érika, será repassado para o Estado até setembro desse ano.

O recurso tem objetivo de auxiliar na estrutura daqueles que já foram assentadas e aguardam a construção ou término das casas. A verba também será destinada para agilizar os procedimentos de demarcação dos lotes para as 2,5 mil famílias que estão cadastradas no Estado.

Para o superintendente regional do Incra, Celso Cestari, o setor com maior urgência de investimentos é o saneamento básico e rede de água para os assentados. “Esse R$ 1 milhão que já foi liberado será destinado para essa área. Retomamos o trabalho e estamos fazendo um levantamento para identificar quais áreas precisam dos recursos”, conta Cestari.

Superintendente do Incra afirma que recursos serão depositados até setembro (Foto: Cleber Gellio)
Superintendente do Incra afirma que recursos serão depositados até setembro (Foto: Cleber Gellio)

Para o coordenador estadual do MST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra), Jonas Carlos da Conceição, o encontro com a chefe do Incra no país é uma oportunidade para apresentar as reivindicações antigas do movimento.

“Precisamos de novos assentamentos e esperamos que essa situação se resolva de uma vez. O Incra sempre fala que a equipe para fazer as vistorias é pequena, então isso tem que ser solucionado. Temos créditos parados há muitos anos e gente que nem conseguiu terminar a casa”, afirma.

Das 2,5 mil famílias que esperam um lote na fila do Incra, 1,5 mil são do MST. As outras fazem parte de movimentos como a CUT (Central Única dos Trabalhadores) e Fetafri (Federação dos Trabalhadores na Agricultura do MS).

A reunião que acontece na sede do Incra em Campo Grande deve durar todo o dia, conforme a superintendência regional do órgão.

Retomada – Após três anos parados, os trabalhos para desapropriação e demarcação de novos lotes foram retomados há poucos meses. Em junho, a Justiça expediu a desapropriação da Fazenda Nazaré, localizada em Sidrolândia, a 60 quilômetros de Campo Grande.

A área possui 2,5 mil hectares e irá abrigar 177 famílias. A ordem de desapropriação foi levada por oficiais da Justiça na última quinta-feira (11). Cerca de 150 famílias estão acampadas em frente à propriedade, os primeiros montaram barracos em janeiro de 2009. A espera para essas famílias já dura 4 anos e meio.

Assentados estão há mais de 4 anos em frente a Fazenda Nazaré (Foto: Cleber Gellio)
Assentados estão há mais de 4 anos em frente a Fazenda Nazaré (Foto: Cleber Gellio)
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