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Capital

Homem que matou e roubou R$ 2 mil diz que pegou dinheiro para fugir

Luciana Brazil | 03/05/2012 14:01
Autor de latrocínio diz que discutiu que vítima, mas polícia nega a situação. (Foto:Minamar Júnior)
Autor de latrocínio diz que discutiu que vítima, mas polícia nega a situação. (Foto:Minamar Júnior)

Ademir Brito, 47 anos, foi apresentado na manhã desta quinta-feira (3) pela Polícia, após confessar ter matado, a pauladas, Alexandrino Pereira Cavalcante, 59 anos. O crime aconteceu no bairro Aero Rancho, na madrugada do dia 3 de abril.

Ademir confessou o crime, mas disse que só pegou o dinheiro da vítima para fugir. Com ele, a polícia resgatou R$ 672. Ademir afirmou que gastou o restante do dinheiro com uma passagem para o interior de São Paulo e com o serviço de moto taxi.

Segundo as investigaões, depois de matar Alexandrino, Ademir roubou R$ 2 mil da vítima. O dinheiro estavam sobre um móvel da casa. Ele foi preso por latrocínio, que configura roubo, seguido de morte.

Ademir foi detido enquanto tentava fugir, na quarta-feira (2), para Araçatuba (SP), onde tem família. Ele morava em um quarto, cedido pela vítima, no mesmo terreno onde Alexandrino residia. Segundo testemunhas, os dois se davam bem e não tinham desentendimentos.

Ademir foi apresentado na Depac (Delegacia de Pronto-Atendimento Comunitário) e contou uma versão diferente da polícia para o crime. Segundo ele, houve discussão e desentendimento. “Ele queria que eu fizesse o jantar, mas não tinha nada (mantimento) para fazer”, disse o autor. Ainda de acordo com ele, os dois passaram o dia inteiro bebendo e um bar. “Nós estávamos muito bêbados e não sabíamos nada. Estava fora de mim”.

De acordo com o delegado Claudio Martins, a história contada por Ademir não condiz com o que aconteceu. “Não houve discussão. A vítima estava dormindo e não teve chance de defesa”, disse o delegado. “Foi latrocínio. Roubo, seguido de morte”, explicou.

Delegado nega a versão de autor. (Foto:Minamar Júnior)
Delegado nega a versão de autor. (Foto:Minamar Júnior)

Ademir confessou o crime, mas disse que só pegou o dinheiro da vítima para fugir. Com ele, a polícia resgatou R$ 672. Ademir afirmou que gastou o restante do dinheiro com uma passagem para o interior de São Paulo e com o serviço de moto taxi.

Uma arma, que era de posse da vítima, também sumiu e o delegado acredita que o autor possa ter roubado a arma também.

Na noite anterior ao crime, Alexandrino teria chegado ao bar ao lado de sua casa, dizendo que tinha R$2 mil no bolso e que havia mais dinheiro em sua casa.

Adelino Ribeiro, 63 anos, dono do bar, contou que fechou o comércio às 20h30, e até esse horário estava tudo certo no local. “Todo dia antes de ir embora eu olho ao redor para ver se não tem ninguém. Ontem, quando fui para minha casa, o Alexandrino e o Ademir já estavam dormindo”, afirma.

O comerciante disse que Ademir cuidava da vítima há, aproximadamente, três meses.

O delegado Martins confirmou que a vítima, aposentada, trabalhava com agiotagem e emprestava dinheiro para os amigos. A pena para o crime de latrocínio é de até 30 anos de prisão.

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