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Capital

Preso, padrasto é suspeito de abusar sexualmente de bebê morto

Nyelder Rodrigues e Viviane Oliveira | 18/01/2013 20:14
Francisco foi preso preventivamente na Derf. Em depoimento, ele acusou a mãe (Foto: Helton Verão)
Francisco foi preso preventivamente na Derf. Em depoimento, ele acusou a mãe (Foto: Helton Verão)

O padrasto da menina de 1 ano e 2 meses que morreu nesta sexta-feira (18) em Campo Grande, vítima de maus-tratos, teve a prisão preventiva decretada. Ele também terá o exame de DNA confrontado com os exames feitos na criança, para saber se ele a violentou sexualmente.

Francisco Gomes de Carvalho Filho, de 57 anos, está detido na Derf (Delegacia Especializada em Roubos e Furtos). O suspeito fez a coleta do DNA e exame de corpo de delito na tarde de hoje no Imol (Instituto Médico Odontológico Legal).

A criança, Kemely Romeiro Rocha, foi encontrada desmaiada por um tio e uma tia, e levada para o posto de saúde do bairro Nova Bahia por volta das 20h20. Durante atendimento, ela sofreu uma parada cardíaca, mas foi reanimada pela equipe médica.

O caso era tão grave que o atendimento no posto foi suspenso por 45 minutos para o socorro da vítima. Ela ainda chegou a ser levada para a Santa Casa, mas não resistiu. Kemely teve traumatismo craniano e estava com vários hematomas. Não há evidência física de abuso sexual, mas ainda assim o exame é feito para confirmar ou não a suspeita.

O corpo da criança ainda está no Imol, e a família aguarda a liberação. Não haverá velório, e o enterro acontecerá neste sábado (19), em horário ainda a ser definido, no Cemitério do Cruzeiro.

Família - O tio que socorreu Kemely é Marcio Romeiro Rocha, de 35 anos, é irmão da mãe da criança, Marlene Romeiro Rocha, 37 anos, que foi presa durante a manhã também suspeita de cometer o crime.

Ele contou à reportagem do Campo Grande News que tanto Marlene como Francisco tinham problemas com drogas, e estavam juntos a cerca de seis meses. Entretanto, Márcio explica que a família acredita que não foi Marlene quem agrediu Kemely, e sim Francisco. “Ela sempre foi amorosa com o bebê”.

Márcio também comentou que a família não conhecia anteriormente Francisco, e que as outras filhas de Marlene disseram que o padrasto era violento com a mãe. “A Marlene tinha problemas com drogas e com a polícia, mas ela não era violenta. Ela adorava essa criança”, argumentou o tio.

No último contato que teve com a irmã, Márcio afirma que conversou com ela e pediu para ela “tomar cuidado com esse homem”. Segundo o tio, até esse contato, a criança aparentava estar bem.

No posto de saúde, os tios chegaram a ver a criança morta, e sentimento no momento foi o de revolta entre eles. “Mas do que ninguém, queremos que a justiça encontre o culpado e descubra o que realmente aconteceu”, declara.

Depoimento padrasto - Francisco prestou depoimento na Depca (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) na tarde desta sexta-feira. De manhã, ele acusou Marlene, dizendo que os maus-tratos à criança eram comuns.

De acordo com a delegada Regina Márcia Rodrigues de Brito Moura, ele sustenta a versão que a criança morreu após ser espancada pela mãe. Entretanto, conforme as apurações, Marlene saiu de casa no bairro Nova Lima por volta das 15h de quinta (17), e a criança ficou com ele.

Depois, padrasto e mãe confirmaram que Francisco esteve todo o tempo sozinho com a criança. Francisco contou que a mulher tinha o costume de deixar o bebê com ele e com a outra filha dela de 17 anos.

Além de usuária de drogas, Marlene tem passagens na polícia pelos crimes de tráfico, roubo e receptação. O pai biológico de Kemely está preso por roubo.

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