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Capital

Primeira etapa das obras da Orla Ferroviária devem ser concluídas em abril

Paula Vitorino | 04/04/2011 19:14

Comerciantes têm até o dia 20 de abril para realizar remoção de entulhos pela via da Orla

Drenagem do esgoto e água compreende primeira etapa das Orla Ferroviária. (Foto: João Garrigó)
Drenagem do esgoto e água compreende primeira etapa das Orla Ferroviária. (Foto: João Garrigó)

A primeira parte das obras da Orla Ferroviária já teve início e a expectativa é de que seja concluída ainda em abril. Nesta etapa, que começou em fevereiro, está sendo feito todo o trabalho de drenagem do esgoto e água do trecho compreendido pela obra.

O projeto da Orla Ferroviária prevê a revitalização dos antigos trilhos no trecho da Avenida Afonso Pena, a partir da Morada dos Baís até a Avenida Mato Grosso, e faz parte das ações do Plano de Revitalização do Centro de Campo Grande.

De acordo com a Planurb, os comerciantes e empreendedores com os fundos dos seus terrenos voltados para o leito da ferrovia têm até o dia 20 de abril para fazer a remoção de terra e entulho pela área que será construída a Orla.

A adequação é necessária, principalmente, para os estabelecimentos que tenham interesse em abrir outra entrada de frente para a Orla Ferroviária.

“A data foi definida junto com os comerciantes, em uma reunião. Dentro desse prazo a Prefeitura fará a remoção dos materiais, junto com as obras de drenagem que está fazendo, mas após a data não será mais permitido a remoção de terra ou outras materiais que exijam caminhões pesados pela Orla, e o trabalho só poderá ser feita pela Calógeras”, explica a diretora-presidente da Planurb, Marta Martinez.

Ainda de acordo com Marta, a determinação é devido as próximas etapas da obra, que devem compreender a passagem do asfalto e acabamento da construção.

No entanto, a diretora da Planurb frisa que a Prefeitura irá disponibilizar todos os recursos e incentivos para que os empreendimentos prestigiem e sejam beneficiados pela obra.

“Nosso trabalho é de intermediação com os comerciantes, até para garantir que a Prefeitura não faça um investimento num projeto que depois se torne uma via morta, sem movimentação do comércio e do público”, esclarece.

A reportagem do Campo Grande News entrou em contato com os comerciantes em torno da Orla Ferroviária e a maioria dos proprietários afirmou que ainda não tem definido as mudanças que irão fazer nos estabelecimentos.

“Talvez vamos precisar abrir outra porta de entrada, voltada para a Orla, mas nada foi definido ainda”, diz o gerente de uma das lojas da Avenida Calógeras.

Projeto - A Orla Ferroviária é uma estratégia de valorização do espaço público e de animação cultural da cidade proposto pelo Plano de Revitalização do Centro. Desenvolvido pela Coordenadoria de Projetos Especiais da Prefeitura de Campo Grande, o projeto prevê investimentos na ordem de R$ 3.9 milhões, recursos financiados pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) em obras de urbanização, paisagismo e mobiliários de lazer.

O projeto arquitetônico, do arquiteto Gil Carlos de Camillo em conjunto com equipes técnicas da prefeitura, prevê cerca de 900 metros de novo uso do espaço do leito da ferrovia com a construção de um calçadão com piso tátil, equipamentos de lazer e descanso, bancos, praça, área para atrações culturais, ciclovia, paisagismo e iluminação. Não haverá acesso a veículos.

Ao longo desta área, hoje degradada, a intenção é criar novas formas de ocupação. Alguns imóveis serão demolidos e outros, com relevância histórica e arquitetônica, deverão ser preservados e poderão, por exemplo, abrigar atividades que tenham relação com a cultura ou a culinária regional.

A diretora do Planurb salienta que após a recuperação da área, o desafio será torná-la atrativa para a população oferecendo diversas opções de uso, com bibliotecas, cafés, lanchonetes, bares, floriculturas, lojas de artigos regionais e restaurantes. “Com atrativos culturais será possível dinamizar a região, estendendo a movimentação para além do horário comercial”, salienta Marta.

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