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Capital

Primeiro dia de greve fecha 51 das 94 escolas de Campo Grande

Aline dos Santos | 25/05/2015 11:50
Na Vila Piratininga, escola Adair de Oliveira aderiu à paralisação. (Foto: Marcos Ermínio)
Na Vila Piratininga, escola Adair de Oliveira aderiu à paralisação. (Foto: Marcos Ermínio)
Professores fizeram passeata na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Ermínio)
Professores fizeram passeata na manhã desta segunda-feira. (Foto: Marcos Ermínio)

O primeiro dia da greve dos professores na Reme (Rede Municipal de Ensino) fechou 51 das 94 escolas de Campo Grande. De acordo com assessoria de imprensa da prefeitura, 35 funcionam normalmente e 8 parcialmente. Ainda segundo a prefeitura, a paralisação não afetou os Ceinfs (Centros de Educação Infantil).

A ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) não divulgou parcial de adesão à greve. Nesta segunda-feira, a categoria fez assembleia pela manhã e caminhou até o Paço Municipal, na avenida Afonso Pena.

Enquanto uma comissão foi recebida, cerca de 400 pessoas, incluindo alguns alunos, protestaram em frente à prefeitura. Guardas municipais ficaram perfilados em frente à porta de vidro e regulavam o acesso ao prédio.

De acordo com o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, a reunião terminou sem avanço e um novo encontro foi agendado para 15h. Em seguida, às 16h30, o sindicato faz assembleia.

Os professores querem reajuste de 13% para que o piso por 20 horas semanais passe de R$ 1.697 para R$ 1.917. A Reme tem 8,3 mil professores, sendo seis mil concursados e 2,3 mil convocados, e 101 mil alunos.

Oficial – Por meio da assessoria de imprensa, a prefeitura reitera cenário de dificuldade financeira. “As condições financeiras impedem a concessão de reajuste salarial, sob pena de incorrer em descumprimento da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Hoje, o município gasta com pagamento de servidores acima do chamado limite prudencial estabelecido pela lei, que é de 51,3% da receita corrente líquida. A folha dos professores consome 49% do total”, informa a administração municipal.

De acordo com o secretário de Administração, Wilson do Prado, que também responde pela secretaria de Educação, os professores foram uma das categorias que mais tiveram ganho salarial nos últimos anos.

Segundo a assessoria de imprensa da prefeitura, a cidade é a única Capital em que os professores, em sua quase totalidade, ganham acima do piso nacional. “O piso prevê pagamento de R$ 1.917,78 por uma carga horária de 40 horas e a Prefeitura paga no mínimo R$ 2532,00 para uma jornada de 20 horas, ou seja, 32% a mais que a lei nacional”, informa.

A prefeitura entrou na Justiça para impedir a greve, enquanto a ACP acionou o Poder Judiciário para que o reajuste seja pago.

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