ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, QUINTA  18    CAMPO GRANDE 17º

Capital

Principal suspeito de assassinato era amigo de infância de adolescente morto

Ana Paula Carvalho | 16/08/2011 18:03
Amigos em velório de adolescente de 16 anos que foi baleado em frente de casa.
Amigos em velório de adolescente de 16 anos que foi baleado em frente de casa.
Ponto de ônibus onde menino foi baleado. (Fotos: João Garrigó)
Ponto de ônibus onde menino foi baleado. (Fotos: João Garrigó)

O principal suspeito de ter matado Jhonny Kaique dos Santos, de 16 anos, na tarde de ontem (15) na rua Clevelândia no bairro Jardim Hortência, com um tiro no abdômen, era amigo de infância da vítima. Eles eram vizinhos.

Segundo a mãe de Jhonny, Marisa dos Santos, 38 anos, o filho parou de andar com o adolescente de 15 anos conhecido como “Jefinho”, porque ele estaria envolvido com drogas. “Ele disse que não queria mais andar com ele, porque ele estava estragando a vida dele e meu filho não queria a mesma coisa”, reforça.

No velório de Jhonny parentes e amigos estavam indignados com o que aconteceu.

Segundo os vizinhos que não quiseram se identificar, o menino era estudioso e não tinha envolvimento com drogas e gangues. “Ele era apenas namorador”, diz uma amiga que não se identificou.

A mãe do suspeito, Norma Rodrigues de Souza Santos, disse ao Campo Grande News que o filho usava maconha. “Se ele usava drogas eu não sei, maconha, sim, porque uma vez eu senti o cheiro e o pai dele já pegou”, afirma.

O crime - Por volta das 14h de ontem (15) Marisa, Jhonny e o irmão de 14 anos saíram de casa para que os adolescentes fossem tirar a Carteira de Trabalho. Enquanto a mãe entrou para fechar a casa, Jhonny ficou no ponto de ônibus que fica em frente.

Quando Marisa saiu, encontrou o filho já baleado. “Mãe atiraram em mim, mãe”, foi o que ele disse antes de cair no chão.

Segundo ela, vizinhos viram quando o crime aconteceu. “Os meninos viram quando ele passou e atirou no Jhonny. Eles nem discutiram. Ele só atirou quando meu filho estava no ponto”, afirma.

Jhonny não tinha passagem pela polícia.

O adolescente chegou a ser socorrido pelo SAMU (Serviço de Atendimento Móvel) e levado para o Hospital Regional, mas não resistiu ao ferimento e morreu. “Na ambulância ele ficava o tempo todo falando ‘mãe não deixa eu morrer, não’”, relata Marisa.

Jhonny será enterrado amanhã (17) às 09h no cemitério Residencial Parque.

Passagens - “Jefinho tinha três passagens pela polícia. Uma por ameaça, outra por lesão corporal dolosa e também por arremessar projétil contra policiais.

No dia 07 de abril, três adolescentes bateram em outro menor de 14 anos dentro de uma escola municipal no bairro Aero Rancho. Eles deram socos e chutes no menor e ainda o ameaçaram dizendo que se ele os denunciasse, o bateriam mais ainda. Um dos agressores era “Jefinho”. Foi registrado um boletim de ocorrência por lesão corporal dolosa.

Já no dia 03 de maio, também na mesma escola, o adolescente teria ameaçado uma professora dizendo: “Vou voltar para te catar para saber o que você disse para a minha mina (namorada)”. Quando foi questionado pela diretora se era uma ameaça, ele respondeu que sim.

No registro policial consta que a diretora orientou a professora a registrar o boletim de ocorrência porque o adolescente de 15 anos era “uma aluno agressivo e tinha envolvimento com gangues”.

No dia 06 de julho deste ano, após denúncia de uma briga generalizada, os policiais foram a uma conveniência no Aero Rancho, quando chegaram foram surpreendidos pelo adolescente e um comparsa que atiraram pedras contra os policiais.

O adolescente ” fugiu após o crime e ainda não foi encontrado.

Nos siga no Google Notícias