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Capital

Princípio de incêndio expõe estado crítico de Ceinf e pai pede interdição

Zana Zaidan e Graziela Rezende | 20/09/2013 10:11
Pais foram chamados à creche após princípio de incêndio (Foto: Pedro Peralta)
Pais foram chamados à creche após princípio de incêndio (Foto: Pedro Peralta)

Um princípio de incêndio, na manhã de hoje (20), no Ceinf São Francisco de Assis, no Bairro Guanandi, em Campo Grande, foi a gota d’água em meio a uma série de reclamações de pais de crianças que, há tempos, denunciam a situação precária das instalações. As crianças foram dispensadas após o forte cheiro de queimado no local. 

Ninguém saiu ferido, mas, conforme pais dos alunos, o problema na parte elétrica é recorrente. Segundo eles, que foram chamados às pressas para buscar os filhos, já foram cobradas providências da direção da creche e o problema já foi exposto diversas vezes na SAS (Secretaria Municipal de Assistência Social), mas, até então, nada foi feito.

Por volta das 9 horas, a resistência de um chuveiro queimou e, por causa do cheiro forte que começou a exalar, as funcionárias acionaram o Corpo de Bombeiros e levaram as 50 crianças que estavam na creche para uma área externa do Ceinf.

Avô de um dos alunos, o advogado Denílson Gomes de lima, 50 anos, ficou bastante abalado ao receber o telefonema da direção, porque sabia da situação precária da creche. “Ele não deram explicação nenhuma, só disseram que eu precisava ir urgente”, conta. Segundo Lima, os forros da sala de aula estão “prestes a cair” e infestados de cupins. “Os pais já chegaram a tirar dinheiro do próprio bolso para consertar a instalação elétrica”, acrescentou.

Ele cobra a interdição da creche, e afirma que vai acionar a Defesa Civil para fazer uma averiguação no Ceinf.

O casal Julio Cesar Ramires, 40 anos, e Sabrina Ivana lima, 32 anos, também foram buscar a filha de três anos, e relatam que, coincidentemente, na manhã de hoje ligaram na SAS para reclamar dos chuveiros do Ceinf. “Não é a primeira vez que dá problema, tanto que, nos últimos tempos, meu filho voltava para casa sem banho”, diz Sabrina. A reclamação também foi feita por e-mail, segundo a mãe do aluno.

“O mato também está alto e precisa ser aparado. Nosso filho estuda aqui desde os quatro meses de idade e nunca tivemos problemas, mas há cerca de um ano está um descaso muito grande”, diz Ramires. “Não acho que interditar seja uma solução porque os pais que trabalham fora dependem da creche, que é a única aqui do bairro. O certo seria fazer uma manutenção periódica”, defende.

Crianças foram levadas para a parte externa após incidente (Foto: Pedro Peralta)
Crianças foram levadas para a parte externa após incidente (Foto: Pedro Peralta)
Advogado chorou após levar um susto ao atender chamado para buscar a neta (Foto: Pedro Peralta)
Advogado chorou após levar um susto ao atender chamado para buscar a neta (Foto: Pedro Peralta)
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