ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, TERÇA  16    CAMPO GRANDE 24º

Capital

Prisão de jovem expõe esquema de tráfico comandado por detentos

Michel Faustino | 29/05/2016 10:20
Atravessadores negociam compra e venda de droga com presos da Máxima. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Atravessadores negociam compra e venda de droga com presos da Máxima. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

A prisão de cinco pessoas na noite deste sábado (28), levou a polícia a identificar um detendo suspeito de comandar esquema de tráfico interestadual de drogas de dentro do Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande. A logística chama atenção pelo fato de utilizar mulheres como atravessadoras para tentar driblar a fiscalização das forças de segurança.

A trama foi desenrolada depois que uma equipe do Tático do 9º Batalhão da Polícia Militar flagrou, durante vistoria de rotina a um ônibus da viação Motta que fazia o trajeto Campo Grande – Cuiabá (MT), Marília Belém Rocha, 19 anos, transportando em sua bagagem aproximadamente 7,6 quilos de maconha.

Questionada sobre a origem do entorpecente, a jovem disse que reside na cidade de Barra do Garças (MT) e teria sido contratada por uma mulher identificada inicialmente apenas como Fabrícia para fazer o transporte da droga pelo qual receberia a quantia de R$ 3 mil.

A jovem informou que não conhece a cidade e teria ido pegar o entorpecente no local indicado por Fabrícia, de táxi. Diante da informação, o militares contataram a central de táxi e conseguiram localizar o endereço onde Marília pegou a droga.

A equipe solicitou apoio do Bpchoque (Batalhão de Choque da Polícia Militar) e se deslocou até a Rua Lafaiete Câmara de Oliveira, no bairro Vespasiano Martins, onde se identificaram como proprietários João Carlos Gonçalves de Arruda, 33, e Adriana de Souza Mota, 29 anos.

Indagados sobre os fatos ambos informaram que só cederam a residência para que a droga fosse acondicionada, vindo a indicar o local onde a suposta dona do entorpecente, Fabrícia, morava. Os militares foram até a casa de Fabrícia onde encontraram mais dois tabletes de maconha e uma rolo de plástico filme (utilizado para embalar os entorpecentes) em uma mala.

A autora, identificada como Fabrícia Alexandra de Souza, 35, admitiu que utilizava a casa de João e Adriana para embalar a droga pois tinha medo de ser flagrada por seus familiares manuseando o entorpecente.

Fabrícia informou que teria recebido orientações, através de ligação telefônica em seu celular de um presidiário de alcunha 'Koró', que cumpre pena no Presídio de Segurança Máxima de Campo Grande, para pegar a droga no bairro Vida Nova que seria levada para o Mato Grosso. A mulher disse que receberia R$ 1,5 mil do presidiário quanto a droga chegasse em seu destino.

No celular de Fabrícia, a polícia encontrou várias fotos de entorpecentes e mensagens trocadas com presidiários negociando a compra e venda de drogas. Todos os envolvidos foram presos. A Polícia Civil investiga o caso.

O Campo Grande News tentou contato por telefone com a Agepen (Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário), mas até o fechamento desta matéria ninguém atendeu nem houve retorno.

Nos siga no Google Notícias