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Capital

Problemão nos bairros, buracos também consomem asfalto no Centro

Na Barão do Rio Branco, entre as ruas Pedro Celestino e Padre João Crippa, são pelo menos 30 buracos

Adriano Fernandes | 10/12/2016 09:29
Buraco na Dom Aquino começou a se formar há cerca de um mês e já gerou prejuízos para os motoristas. (Foto: Adriano Fernandes)
Buraco na Dom Aquino começou a se formar há cerca de um mês e já gerou prejuízos para os motoristas. (Foto: Adriano Fernandes)

Assim como nos bairros, o aumento no número de buracos também pelas principais ruas do Centro de Campo Grande é problema que só cresce diante da falta de manutenção das vias na cidade. A realidade, na avaliação dos motoristas, piora por ser“maquiada” pelos serviços de tapa-buracos.

Na Barão do Rio Branco, entre as ruas Pedro Celestino e Padre João Crippa, por exemplo, há pouco mais de uma mês foram feitos os serviços de recapeamento, como conta o taxista Douglas Junqueira, de 58 anos. Mas o trabalho para acabar com mais de 30 buracos contados por ele naquele trecho mais uma vez foi em vão, reclama. “Já vi os agentes tampando esses buracos e socando manualmente. Dessa vez ao menos passaram o rolo mecânico, mas é um problema recorrente e que só aumenta quando chove”, comentou.

Há três anos trabalhando no mesmo ponto, o taxista dá graças por ainda não ter perdido um pneu entre os solavancos de quem anda de carro pela cidade. “Mas os prejuízos não se resumem aos pneus. A cada vez que a gente passa por esses buracos o carro desalinha, já perdi calotas e o curioso é que essa situação ocorre por toda capital, inclusive, por aqui onde se esperaria que as condições no trânsito fossem melhores”, se queixa.

A algumas quadras dali, nem mesmo próximo ao Paço Municipal foram feitos reparos e as rachaduras no asfalto já indicam o agravamento de um problema que pode ser notado, dia após dia, em todas as ruas da região.

São pelo menos 30 buracos na Barão do Rio Branco entre a Pedro Celestino e Padre João Crippa. (Foto: Adriano Fernandes)
São pelo menos 30 buracos na Barão do Rio Branco entre a Pedro Celestino e Padre João Crippa. (Foto: Adriano Fernandes)
Na Barão do Rio Branco, até mesmo ao lado da prefeitura o asfalto começa a ceder. (Foto: Adriano Fernandes)
Na Barão do Rio Branco, até mesmo ao lado da prefeitura o asfalto começa a ceder. (Foto: Adriano Fernandes)

Segundo o empresário Idevau Teixeira, de 61 anos, há um mês a cratera ao lado de seu estacionamento, começou a ganhar “forma” e deste então, pelo menos um motorista já teve de trocar o pneu, por ali mesmo, depois de cair no buraco.

“Esse buraco aí, como todos os outros que você acha aqui pela rua, começou pequeno e conforme vão passando os carros ele só aumenta. Se chove, aí sim que o risco aumenta. Para os motociclistas principalmente, porque se eles não conseguem desviar a tempo uma queda é inevitável”, comenta.

Para o empresário, a solução para grande quantidade de buracos no centro da cidade tinha de ser radical. “Não adianta ficar fazendo um tapa-buracos sendo que esse serviço não é de qualidade. Tinha mesmo é que tirar essa camada fraca de asfalto e recapear tudo. De fora a fora”, explica.

Sem manutenção - Ainda andando pelo Centro, qualquer olhar mais atento se depara com alguns outros problemas que geram transtornos não são só para quem dirige. Na grande maioria dos cruzamentos, como no da Dom Aquino com a 14 de Julho, as listras que indicam as faixas de pedestres já não existem mais.

O mesmo ocorre no meio das vias em pontos onde o recapeamento até foi feito, mas a sinalização que delimita as pistas entre os veículos, não foi retocada.

No cruzamento da 14 de Julho com Marechal Rondon nem sequer a faixa de pedestres é nítida. (Foto: Adriano Fernandes)
No cruzamento da 14 de Julho com Marechal Rondon nem sequer a faixa de pedestres é nítida. (Foto: Adriano Fernandes)
Na Marechal Rondon o cascalho sob o asfalto se solta a cada carro que passa pelas crateras. (Foto: Adriano Fernandes)
Na Marechal Rondon o cascalho sob o asfalto se solta a cada carro que passa pelas crateras. (Foto: Adriano Fernandes)

Ainda pela Marechal Rondon o cascalho sobre a pista de asfalto também vem a tona a cada veiculo que passa pelas crateras. Um tipo de situação que segundo a pedagoga Catia Delfina, de 48 anos, só não é pior que nos bairros. A cobrança de taxas até mesmo para estacionar também frustra a senhora.

“Se você anda por avenidas como a Bandeirantes, pela Vila Planalto, por exemplo, se depara com ruas onde é grande a quantidade de buracos. Aqui pelo centro além dos motoristas também ter que se deparar com essa situação, você se vê obrigado a pagar para estacionar. Isso quando encontra uma vaga”, se queixa.

Para ela, ainda é difícil uma mudança no panorama da infraestrutura das ruas da cidade, seja nos bairros ou no centro. “Há anos o campo-grandense paga seus impostos, IPTU, para daí se deparar com o título de morar numa cidade que é a 'capital do buraco'. É frustrante. Vamos ver de agora em diante. Fim de ano, fim das eleições. Quem sabe ano que vem as coisas mudam”, conclui.

Lixo acumulado no calçadão da Dom Aquino, um dos pontos com maior acúmulo de lixo durante o dia na região central. (Foto: Adriano Fernandes)
Lixo acumulado no calçadão da Dom Aquino, um dos pontos com maior acúmulo de lixo durante o dia na região central. (Foto: Adriano Fernandes)

Largado - O Centro, que luta para recuperar a clientela perdida para shoppings centers, tem pontos que há muitos anos exigem providências. Além dos buracos, outras deficiências são visíveis e muito variadas, dos entulhos nas calçadas, a falta de estacionamento.

O lixo esparramado durante o dia, seja pelos próprios pedestres ou lojistas, atrapalha quem caminha pelas calçadas dos comércios. No famoso Calçadão da Barão, por exemplo, as lixeiras cheias e os muitos sacos plásticos à beira dos postes já indicam uma situação de descaso que com a temporada de compras de Natal, só tende a piorar.

Achar um lugar para estacionar se torna uma luta diária e que até merece comemoração. “Foi por pura sorte”, brinca o frentista Weberton de Souza, de 25 anos, enquanto descia do carro na Marechal Rondon.

Ele conta que ir ao Centro é raridade, justamente pela dificuldade em conseguir estacionar. “Acabei de recarregar o parquímetro e não é barato não. Agora eu te pergunto o porquê pagar esse serviço sendo que a gente não consegue um lugar para estacionar?”, questiona.

 

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