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Capital

Procon autua três telefônicas por não informar áreas com sinal ruim

Ricardo Campos Jr. | 04/11/2015 16:52

O Procon-MS autuou as empresas Claro, Oi e Tim por descumprirem itens do TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) firmado ao fim da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da telefonia. Se passando por clientes, servidores do órgão foram até algumas lojas das operadoras para contratar os serviços e deram endereços em áreas de Campo Grande onde o sinal é ruim. Somente a Vivo informou corretamente que o serviço não seria de qualidade, caso contratado.

Para o defensor público Fábio Rogério Rombi, a inadequação é suficiente para gerar multa de R$ 100 mil para cada empresa prevista nos itens do acordo. O documento prevê prazos para defesa e direito ao contraditório, mas ele afirmou, em audiência pública na Assembleia Legislativa, nesta quarta-feira (4), que pretende pedir a execução da penalidade.

A deputada Mara Caseiro (PT do B) e o deputado Marquinhos Trad (PMDB) convocaram representantes das quatro companhias para discutir as melhorias implantadas após os intensos debates em 2014.

Gerente da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em Mato Grosso do Sul, Vera Lúcia Marques garante que todas as operadoras têm atuado, em Campo Grande, dentro dos limites mínimos estabelecidos por lei com relação às chamadas de voz, conexão à rede de dados, entre outros.

Ela explica que as empresas devem informar aos clientes a existência das áreas com vazios de cobertura, para dar a chance de escolherem outra companhia se morarem ou trabalharem em regiões onde o telefone não pega.

Insatisfação – A superintendente do Procon-MS, Rosimeire Cecília da Costa, apresentou dados das principais reclamações dos clientes junto ao órgão. De janeiro até setembro de 2015 foram 5.297 atendimentos relacionados às empresas de telefonia. O número já supera em 27,70% o registrado durante todo o ano passado.

A Claro lidera o ranking das empresas que mais motivam a procura pela superintendência, com 2.922 casos. Porém, a Tim foi que teve maior aumento na taxa de insatisfação em relação a 2014, passando de 410 para 572 relatos de problemas (39,51%).

A OI teve 25,90% de aumento na insatisfação, indo de 363 reclamações para 457. Já a Vivo motivou 1.346 atendimentos no Procon este ano contra 1.088 em 2014, o que gera crescimento de 23,71%.

Cobrança indevida, demora no acesso ao serviço de atendimento e cancelamento de serviço (o que pela norma vigente deve ser feito imediatamente e por telefone) são os problemas que mais afetam os clientes.

O que dizem as empresas – Anderson Machado, gerente de qualidade de rede da Tim no Centro-Oeste afirma que a empresa tem listadas todas as áreas com vazios de cobertura e que continuamente está fazendo estudos de otimização e ampliação de rede, apesar de não ter detalhado quais são esses lugares.

Ele também aponta que neste ano houve aumento na rede 3G da Capital e no interior, além da ampliação da rede 4G, que já foi implantada em cidades como Fátima do Sul e Três Lagoas.

Alessandra Lugato, consultora de relações institucionais da Vivo Centro-Oeste, disse que somente em 2015 foram instaladas novas torres 3G em Aquidauana, Três Lagoas, Rio Verde de Mato Grosso, Corumbá, Naviraí e em Campo Grande, no Jardim Batistão e no Shopping Bosque dos Ipês.

Também foram ampliados e modernizados 61 equipamentos que já estavam instalados, de forma a otimizar o sinal mesmo com número maior de clientes concentrados em uma mesma área.

A operadora também estuda a instalação de duas antenas em frente à Assembleia Legislativa, uma reivindicação feita pelos deputados durante a CPI, já que é difícil o acesso a celulares em alguns lugares do prédio.

Conforme a gestora, serão equipamentos novos que não agridem o meio ambiente. Os equipamentos dependem de licenciamento ambiental para serem ativados.

A Oi, por meio da assessoria de imprensa, informou que somente no primeiro semestre investiu R$ 27 milhões no estado para melhorar a rede de cobertura. Com relação às reclamações de atendimento, garante que a companhia tem solucionado 86% da demanda apresentada, o que está acima da meta de 70%.

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