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Capital

Procurador chega à delegacia para depor sobre suspeita de estupro

Carlos Alberto Zeolla está preso em cela do Centro de Triagem desde o dia 24 de junho

Anahi Zurutuza e Leandro Abreu | 04/07/2016 15:39
Procurador entrou na delegacia de cabeça baixa (Foto: Leandro Abreu)
Procurador entrou na delegacia de cabeça baixa (Foto: Leandro Abreu)

O procurador de Justiça aposentado Carlos Alberto Zeolla chegou há pouco à DEPCA (Delegacia Especializada de Proteção à Criança e ao Adolescente) para depor sobre a suspeita de ter estuprado um adolescente e duas crianças. Com o depoimento dele, o delegado Mário Donizete Ferraz de Queiroz concluirá a investigação no último dia do prazo para enviar o inquérito à Justiça.

Zeolla saiu do Centro de Triagem de Campo Grande em viatura da Polícia Civil e chegou à delegacia no banco de trás, sem algemas. O advogado dele Rodrigo Paz acompanhará a oitiva.

O procurador foi preso pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado) em 24 de junho e levado direto para o Centro de Triagem, de onde só poderia sair com autorização judicial. No mesmo dia, a DEPCA, que conduzia a investigação que motivou o pedido de prisão preventiva, solicitou à Justiça que o suspeito fosse levado para depor.

O Gaeco, braço do Ministério Público, revelou que cumpriu o mandado porque estava em aberto desde abril e a Polícia Civil demorou, sem intenção de favorecimento ao procurador aposentado. Já a DEPCA informou que não recebeu cópia da decisão judicial que deferiu a prisão preventiva

O caso - A investigação contra Zeolla começou no ano passado, quando um adolescente de 13 anos agrediu a mãe. Ele disse que um homem iria levá-lo para a Alemanha, mas o suspeito estaria cobrando “favores sexuais” do garoto. A mãe questionou a situação e foi agredida pelo adolescente. O caso foi registrado na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher), que abriu inquérito.

O aliciador seria um homem conhecido como “Carlos Xará”. A polícia identificou mais dois meninos de 10 e 11 anos, vítimas do suspeito. As duas crianças relataram que eram embebedadas antes dos abusos, além de serem sempre presenteadas com celulares, dinheiro e perfumes.

A identidade de “Carlos Xará” foi revelada a partir de consulta de placa do carro. O veículo foi fotografado por moradores do loteamento Nova Serrana, no Jardim Noroeste – no leste da Capital – onde as três vítimas viviam.

Em 2011, Zeolla foi condenado por matar o sobrinho. A condenação foi em regime semiaberto, mas ele obteve autorização para ficar internado em uma clínica e, atualmente, já estava em casa.

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