Professores podem voltar às aulas e reajuste deve ser decidido pela Justiça
A Prefeitura Municipal de Campo Grande convocou, no início da noite de hoje (7), um reunião com a diretoria da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública) e secretários de governo, horas depois de os professores recusarem proposta de 8% no cartão alimentação em agosto, setembro e outubro, podendo ser acrescido mais 5% parcelado para os três meses seguintes. No encontro, a Prefeitura sugeriu que uma petição, que inclua a proposta de ambas as partes, seja encaminhada à Justiça, que definirá o impasse. A exigência do executivo é que, enquanto a decisão estiver nas mãos da Justiça, os professores devem voltar às salas de aula.
De acordo com o presidente da ACP, Geraldo Gonçalves, a categoria se reunirá, na segunda-feira (10), para avaliar essa nova indicação da Prefeitura. Se a maioria concordar, professores e prefeitura devem elaborar a petição, que não tem prazo definido para ficar pronta.
Durante a reunião, que durou cerca de uma hora, a prefeitura reafirmou não poder conceder o reajuste de 13,01% pedido pela categoria. A diretoria da ACP, se manteve firme e disse que não há possibilidade de reduzir o valor do aumento, que para a categoria, pode ser parcelado em até dez vezes.
O secretário-adjunto de finanças da Prefeitura, Ivan Jorge, disse que hoje a folha de pagamento compromete 53,69% do orçamento, o que ultrapassa o limite prudencial, de 51,3%. O adjunto da pasta disse ainda que a decisão judicial vai trazer segurança ao executivo, ainda que a Prefeitura tenha de romper com o limite prudencial de gastos com a folha de pagamento.
A assembleia dos professores municipais será realizada na sede da ACP, às 14h, dessa segunda-feira (10).
