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Capital

Professores recusam proposta e negociações voltam à estaca zero

Filipe Prado, Juliana Brum e Thiago de Souza | 10/08/2015 18:23
Professores rejeitaram a proposta e esperam abertura de comissão processante (Foto: Fernando Antunes)
Professores rejeitaram a proposta e esperam abertura de comissão processante (Foto: Fernando Antunes)

Os professores da REME (Rede Municipal de Educação) não aceitaram a proposta da Prefeitura Municipal de Campo Grande e continuam a greve, que dura mais de dois meses. O prefeito Gilmar Olarte (PP) voltou a propor reajuste de 8% sobre o salário bruto de cada professor, pago através do cartão alimentação Brasil Card nos meses de agosto, setembro e outubro.

O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, e o advogado Ronaldo Franco foram chamados para oficializar a proposta realizada na última sexta-feira (7), em reunião extraordinária.

Cansados, os professores criticaram a postura do prefeito perante as reivindicações. “O debate não é só para se adequar ao prefeito, mas cumprir o reajuste do magistério”, comentou o professor de língua portuguesa Ataíde Oliveira, 52 anos. Ele salientou que há dinheiro em caixa, se não a prefeitura não oferecia vale alimentação.

A pedagoga Alba Cristina, 33, acredita que o prefeito está tentando vencer a disputa pelo cansaço. “Já tivemos vários momentos com desanimo, momentos de fortalecimento, mas sinto que ele quer nos vencer pelo cansaço. Queremos que seja cumprida a lei, lei que ele criou”.

Geraldo apontou que essa semana será de reviravolta na prefeitura, por conta da possível abertura de uma comissão processante, por isso devem manter a greve por mais estes dias. Ele ainda mencionou que alguns professores querem acabar com a paralisação, mas a maioria decidiu continuar.

A principal proposta da prefeitura é conceder reajuste de 8% sobre o salário bruto. Depois desses 90 dias, se não alcançar o limite prudencial de folha, serão acrescidos outros 5,01% parcelados entre novembro, dezembro e janeiro de 2016, sendo 1,67% ao mês. Outra proposta rejeitada pelos docentes foi a de levar o caso até o Poder Judiciário, que decidiria então, a legalidade do movimento. Porém, para isso, seria necessário que os professores retornassem às salas.

Dessa forma, a prefeitura alega que consegue fazer o reajuste dos 13,01% previsto na lei 5.411/2014, sem comprometer a folha de pagamento, visto que esses valores são considerados verbas de natureza rescisória. O aumento no valor do Brasil Card ainda incidiria no 13° salário e abono de férias.

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