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Capital

Professores rejeitam proposta da Prefeitura e aprovam greve na quinta

Kleber Clajus e Filipe Prado | 03/11/2014 10:22
Professores aprovaram greve e ainda pretendem cobrar vereadores por reajuste aprovado em lei (Foto: Marcos Ermínio)
Professores aprovaram greve e ainda pretendem cobrar vereadores por reajuste aprovado em lei (Foto: Marcos Ermínio)

Após rejeitarem proposta de reajuste para o fim do mês, os professores aprovaram greve, a partir de quinta-feira (6), em todas as escolas de Campo Grande. O posicionamento foi definido em assembleia da categoria na sede ACP (Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação Pública).

“É visível que a maioria votou a favor a greve. Então entendemos que na quinta-feira estaremos em greve”, disse o presidente do sindicato, Geraldo Gonçalves.

A medida deve impactar 94 mil alunos na Capital e, conforme a categoria, decorre do não cumprimento da Lei Municipal nº 5189/13, que prevê equiparação dos salários ao piso nacional de 20 horas. Com isso, reajuste de 8,46% deveria ser implementado em outubro.

O prefeito Gilmar Olarte (PP) chegou a apresentar, ontem (2), proposta de pagamento para o dia 30 de novembro com retroativo, caso seja confirmado recurso da antecipação de outorga onerosa da Água Guariroba. Contudo, a opção foi rejeitada pelos 800 profissionais reunidos na sede da ACP.

Procurado pelo Campo Grande News, Olarte não foi encontrado para comentar a aprovação da greve.

Manifestações – No primeiro dia de paralisação, às 9h, os professores pretendem cobrar a Câmara Municipal por um posicionamento sobre o tema. “Foram eles que aprovaram a lei e vamos cobrar para que cobrem o prefeito”, ressaltou Geraldo.

Já para sexta-feira, os profissionais pretendem realizar, às 9h, caminhada da sede da ACP até o Paço Municipal, além de se reunirem em nova assembleia a partir das 14h.

Reajuste – A categoria cobra o reajuste de 8,46%, que vai elevar a remuneração por 20 horas ao piso nacional. De acordo com a ACP, a remuneração inicial vai passar de R$ 1.564 para R$ 1.697 (100% do piso nacional). Já quem está acima na estrutura de carreira terá o salário aumentado de R$ 2.347 para R$ 2.546.

Olarte havia dito ao Campo Grande News que era preciso ter equilíbrio para pagar os professores e não fazer promessas que não poderia cumprir. “Hoje somente a diferença do reajuste dos professores representa R$ 18 milhões entre pagamentos, 13º e férias até janeiro. Vamos cumprir a lei, mas é preciso equilíbrio para manter também a máquina pública funcionando. Não adianta falar que vai pagar e no dia de depositar faltar dinheiro”, disse Olarte.

O reajuste para os professores terá impacto de R$ 3,3 milhões na folha de pagamento, ampliando o comprometimento da prefeitura com gastos de pessoal de 48,7% para 49,21%.

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