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Capital

Professores rejeitam reajuste de 13% no vale alimentação e mantêm greve

Ricardo Campos Jr. e Michel Faustino | 07/08/2015 18:01
Professores rejeitaram proposta da prefeitura em assembleia nesta sexta (Foto: Michel Faustino)
Professores rejeitaram proposta da prefeitura em assembleia nesta sexta (Foto: Michel Faustino)

Professores da rede municipal de ensino rejeitaram a proposta da Prefeitura de Campo Grande para conceder o reajuste de até 13% no cartão alimentação, de agosto a janeiro de 2016. O presidente da ACP (Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública), Geraldo Gonçalves, irá se reunir ainda nesta sexta-feira (7) com os secretários que estão à frente das negociações, quando comunicará a decisão da categoria.

O prefeito Gilmar Olarte (PP) aumentaria o benefício até que a cidade tivesse condições de conceder o aumento direto no salário. Porém, segundo Gonçalves, os educadores não querem apenas o compromisso, mas a certeza de que o incremento será incorporado aos holerites, mesmo que seja ano que vem e desde que esteja de acordo com o percentual reivindicado.

Conciliação - Há três dias, professores e prefeitura têm se reunido para tentar por fim a greve que começou no dia 25 de maio deste ano e só foi interrompida nas férias escolares. Gonçalves considera que houve um avanço nas propostas e os professores começaram a ter algum benefício.

A principal proposta da prefeitura é conceder reajuste de 8% sobre o salário bruto de cada professor, pago através do cartão alimentação Brasil Card nos meses de agosto, setembro e outubro. Depois desses 90 dias, se não alcançar o limite prudencial de folha, serão acrescidos outros 5,01% parcelados entre novembro, dezembro e janeiro de 2016, sendo 1,67% ao mês.

Dessa forma, a prefeitura alega que consegue fazer o reajuste dos 13,01% previsto na lei 5.411/2014, sem comprometer a folha de pagamento, visto que esses valores são considerados verbas de natureza rescisória. O aumento no valor do Brasil Card ainda incidiria no 13° salário e abono de férias.

Os outros tópicos do indicativo são de que a prefeitura manterá o compromisso do cumprimento da lei, sinalizando que está aberto o diálogo. Também seria revogado o decreto 12.528/2014, publicado pelo prefeito Gilmar Olarte (PP) dizendo que não há condições financeiras de pagar o reajuste por conta do limite prudencial.

A prefeitura também diz que pode pagar o salário dos professores dentro do total da receita do Fundeb (Fundo de recursos para a Educação Básica) até zerar o fundo.

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