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Capital

Projeto mantém corredor, mas acaba com estacionamento na Afonso Pena

Flávio Paes | 05/09/2015 09:59
Avenida Afonso Pena parte do Corredor Sudeste. (Foto:Fernando Antunes/arquivo)
Avenida Afonso Pena parte do Corredor Sudeste. (Foto:Fernando Antunes/arquivo)

A última versão do projeto de mobilidade urbana, encaminhada pela Prefeitura para análise da Caixa Econômica, ainda na sob gestão do ex-prefeito Gilmar Olarte, prevê a proibição do estacionamento na Avenida Afonso Pena desde a Rua Guia Lopes até a região próxima a Rua Rubens Gil de Camillo.  A Afonso Pena,  que é a principal avenida da cidade é uma extensão do Corredor Sudeste de Transporte Coletivo que começa no Terminal Aero Rancho, passa pelo Terminal Bandeirantes e vai até em frente do shopping.

Se a proposta foi mantida pelo prefeito Alcides Bernal, significará a supressão de aproximadamente 2.500 vagas de estacionamento, medida que sempre enfrentou forte resistência das lideranças do segmento comercial, temerosas de queda no movimento.

Há mais de um ano os técnicos da Secretaria de Infraestrutura, Transporte e Habitação, e da Agência Municipal de Transporte e Trânsito não chegavam a um entendimento sobre que modelo de corredor de transporte que seria escolhido. Em princípio a orientação do ex-prefeito Gilmar Olarte,, para escapar da polêmica, era só tratar da Afonso Pena quando o restante do projeto já tivesse pronto . A Seintra chegou a definir a implantação de canteiros centrais nas ruas Guia Lopes, Brilhante e Bandeirantes, exatamente para evitar a  proibição de estacionamento  à  margem direita. A ideia foi abortada pela Agetran, prevalendo o corredor (sem segregação), junto ao meio-fio, nos mesmos moldes dos já existentes na Avenida Calógeras, Rui Barbosa e na Avenida Duque de Caxias.
No canteiro central

A primeira versão do projeto de corredores do transporte coletivo encaminhada em 2011 ao Ministério das Cidades, previa a utilização dos canteiros centrais (onde houvesse). No caso da Afonso Pena, a proposta era retirar 1 metro de canteiro de cada lado para garantir maior fluidez ao tráfego, com instalação de cinco estações de embarque e desembarque . A previsão era proibir estacionamento em uma de cada cinco quadras. São locais, como a Praça Ari Coelho, Praça do Rádio Clube e em frente do Planeta Real, onde na prática os veículos já não estacionam porque há pontos de ônibus.

A utilização do canteiro da Afonso Pena ficou descartada a partir de uma ação do Ministério Público propondo o tombamento para o patrimônio histórico do canteiro central, medida que em 2013, o prefeito Alcides Bernal mostrou intenção de homologar. Chegou-se a se cogitar a possibilidade de transferir o corredor para a avenida Norte Sul, mas as pesquisas mostram que o usuário preferer embarcar e desembarcar na Afonso Pena para chegar ao centro da cidade.

O projeto encaminhado à Caixa Econômica prevê o uso do canteiro para corredor de transporte nas avenidas Marechal Deodoro (corredor sudoeste); na Mato Grosso (corte norte); Costa e Silva e Gury Marques (sul)e ;Coronel Antonino (corredor norte). Estão previstos investimentos no valor de R$ 50,2 milhões nos três corredores, abrangendo recapeamento, sinalização, estações de embarque e desembarque. Só o corredor sudoeste tem 21,7 km, outros dois somam mais 40 km.

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