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Capital

Projeto Traje resgata 1,3 mil jovens e formação ajuda a mudar vidas

Lidiane Kober e Kleber Clajus | 05/02/2014 15:01
Johnny fez o Eja do Ensino Fundamental e Médio e, neste ano, começa a cursar Jornalismo na UFMS (Foto: Divulgação)
Johnny fez o Eja do Ensino Fundamental e Médio e, neste ano, começa a cursar Jornalismo na UFMS (Foto: Divulgação)

Batizado de Traje (Travessia Educacional do Jovem Estudante), o “EJA (Educação de Jovens e Adultos) do Ensino Fundamental” formou 1,3 mil jovens, de 15 a 17 anos, nos últimos três anos e muda vidas em Campo Grande. O projeto, desenvolvido na Escola Municipal Osvaldo Cruz, garante a conclusão do 1º ao 9º ano em 36 meses de curso.

Ainda adolescente, Johnny Daniel Nogueira, hoje com 20 anos, deixou os estudos. Ele reconhece que “faltava interesse”, mas, num momento de reflexão, percebeu a necessidade de recuperar o tempo perdido e decidiu largar o emprego em um supermercado para voltar à escola.

Na época, Jonny ficou sabendo do projeto no Colégio Osvaldo Cruz e resolveu se matricular no Traje. Em um ano, ele concluiu a etapa final do Ensino Fundamental e, depois, ingressou na EJA para se formar no Ensino Médio. Neste ano, garantiu vaga no curso de Jornalismo da UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul).

“Descobri minhas potencialidades e sou uma pessoa transformada”, comentou. Ele pretende concluir o curso, sem abandonar suas atividades, como soldado do exército.

Diretor da Escola Osvaldo Cruz, Geovanni Costa informou que o Traje é composto por três módulos: inicial (do 1º ao 5º ano), intermediário (do 6º ao 7º) e final (do 8º ao 9º). Cada etapa dura um ano. “A ideia é trabalhar uma postura mais próxima da realidade do aluno”, ressaltou.

Neste ano, foram abertas 400 vagas e as inscrições podem ser feitas, das 8 às 16 horas, no colégio localizado na Avenida Noroeste, 5500. Basta ir à escola, com documentos pessoais, transferência escolar e comprovante de residência.

Em 2013, 779 alunos estavam matriculados, dos quais 304 pediram transferência, 408 foram aprovados e quatro reprovados. O número de estudantes que deixou novamente a escola chegou a 14 no período.

“A evasão é o grande desafio da educação pública e muitos alunos vêm com esse hábito de não serem frequentes, então, buscamos estratégias para que eles se comprometam com a escola, se sintam parte. Uma delas é através de parcerias com empresas para que ingressem no mercado de trabalho e ao mesmo tempo sigam na escola”, disse o diretor.

O Traje começou a funcionar em Campo Grande em 2010 e, em três anos, formou 1,3 mil alunos.

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