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Capital

Promotor relacionou 6 testemunhas contra pecuarista que matou amante

Marta Ferreira | 27/10/2011 19:19

Uma das testemunhas viu mulher assassinada gritar "Chama a Polícia, Chama a Polícia". Acusação é de homicídio duplamente qualificado e pena pode chegar a 30 anos.

Empresário foi preso logo após o crime, e      chegou a sacar arma até ser imobilizado por policiais. (Foto: Wendell Reis)
Empresário foi preso logo após o crime, e chegou a sacar arma até ser imobilizado por policiais. (Foto: Wendell Reis)

Réu pelo assassinato da amante, Rosana Camargo de Assis, de 29 anos, José Alberto dos Santos Rosa, de 70 anos, foi denunciado pelo promotor Fernando Zaupa por homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima. O julgamento será por júri popular e a pena pode chegar a 30 anos.

O crime aconteceu no dia 8 de outubro, na região central de Campo Grande, e a investigação policial se transformou em ação penal em um prazo inferior a 20 dias. Na denúncia, o promotor destaca que o crime foi motivado pela inconformação de José Alberto com o término do relacionamento.

O promotor relacionou seis testemunhas de acusação contra José Alberto, qualificado como pecuarista e dono de vários imóveis no centro de Campo Grande no inquérito policial. São dois policiais, um homem que viu Rosana ser imobilizada no carro pelo ex-amante e que pediu socorro por ela, uma amiga dela, a dona de uma banca de revista próxima do local de trabalho de Rosana e ainda uma vizinha.

Uma das testemunhas viu José Alberto esperar Rosana sair do trabalho, um loja no centro, menos de uma hora antes da morte dela. Essa mesma testemunha percebeu que havia um clima de discussão entre eles.

Mas quem viu mesmo as cenas que antecederam o assassinato foi um homem que, conforme o depoim ento à Polícia Civil, observou, do carro que dirigia, José Alberto no banco de trás do veículo, dando uma gravada nela, que guiava o Corolla dele.

O relato impressiona. Ele conta que viu a cena, perguntou a Rosana se ela queria ajuda e ela disse que sim. “Chama a Polícia, Chama a Polícia”, disse a mulher, que foi morta minutos depois.

Foi tarde demais. José Alberto atirou em Rosana à queima-roupa, pelas costas. A arma, segundo os laudos periciais, chegou a encostar no corpo dela. Foi um tiro apenas.

Depois do tiro, o veículo parou justamente na mureta do posto da Polícia Militar no prédio da antiga estação rodoviária de Campo Grande. Os bombeiros foram chamados, mas quando chegaram, Rosana estava morta.

Os policiais chegaram logo em seguida e José Alberto, ao descer do carro, ainda sacou a arma, mas acabou imobilizado.

Na Polícia Civil, ele não quis falar. Se reservou o direito de dar depoimento só em juízo. Agora, que o caso já virou ação penal, o juiz deu prazo de 10 dias para a defesa de José Alberto se manifestar sobre a

acusação.

Depois disso, deve ser marcada a audiência para ouvir a testemunha de acusação. Além da acusação de homicídio, José Alberto foi denunciado também por porte ilegal de arma.

Ele está preso desde o dia do crime e o juiz rejeitou o pedido de liberdade. O advogado dele, Renê Siufi, vai entrar no Tribunal de Justiça com habeas corpus pedindo a liberdade.

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