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Capital

Promotoria dispensou novo depoimento de criança torturada em rituais

Em segunda audiência do caso, três dos quatro réus foram ouvidos

Leandro Abreu | 29/06/2016 19:25
Segunda audiência do caso ocorreu nesta quarta-feira (29). (Foto: Leandro Abreu)
Segunda audiência do caso ocorreu nesta quarta-feira (29). (Foto: Leandro Abreu)

A promotoria do caso do menino de 4 anos que foi torturado em rituais de magia negra afirmou que não há mais necessidade de um novo depoimento da vítima. Psicólogos aconselharam que o menino não seja mais ouvido por traumas e nenhum sucesso nas primeiras tentativas ainda na delegacia, quando o caso foi denunciado e começou a ser investigado. Pai adotivo, avó e primo são réus no processo e foram ouvidos na segunda audiência do caso, realizada hoje (29). A mãe adotiva está presa em Corumbá e será ouvida por carta precatória, mas ainda sem data prevista.

De acordo com o promotor Celso Botelho, durante os primeiros depoimentos colhidos do garoto, poucas informações das agressões foram registradas. “Quando o perguntavam sobre as agressões e rituais, ele simplesmente abaixava a cabeça e se calava. Por isso, vários profissionais como psicólogos, aconselharam que não fosse repetido o depoimento”, disse.

Atualmente, a criança mora em Minas Gerais com uma nova família, que ainda passa por fase de avaliação para confirmar se a adoção será concretizada.

Ainda conforme o promotor, as filhas do casal acusado, de 9 e 12 anos, confirmaram durante o depoimento desta quarta-feira que todos os quatro réus do processo participavam dos rituais de magia negra junto com a vítima, diferente do que disse o advogado de defesa da avó. “Elas afirmaram que os quatro participavam, mas não viram agressões”, afirmou o promotor.

Durante os depoimentos, os réus confirmaram os rituais, mas negaram as agressões. “Como de costume, os réus mudam as versões dos depoimentos dados à polícia. Hoje eles confirmaram os rituais e negaram as agressões, jogando a culpa toda na mãe, presa em Corumbá e que ainda será ouvida”, comentou o promotor.

O próximo passo no processo agora é coletar o depoimento da mãe adotiva por carta precatória em Corumbá e aguardar a perícia do celular da filha mais nova, que contém vídeos dos rituais realizados pela família. “A parte de instrução do processo se encerra após o depoimento da mãe e o resultado da perícia dos vídeos. Em seguida nós informamos se vamos enviar para condenação e a defesa tem a parte dela se posicionar. Por fim o juiz dá a decisão”, completou Botelho.

Defesa – O advogado da avó da vítima, Marcos Ivan Silva, confirmou ao fim da audiência de hoje que pedirá mais uma vez a liberdade provisória de sua cliente.

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