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Capital

Protesto contra preço da gasolina provoca fila em postos da Capital

Paulo Fernandes e Paula Maciulevicius | 09/05/2011 22:31
Motoristas fizeram fila de carros em protesto contra o preço do litro (Foto: Paula Maciulevicius)
Motoristas fizeram fila de carros em protesto contra o preço do litro (Foto: Paula Maciulevicius)

Uma imensa fila de carros se formou em dois postos de combustíveis de Campo Grande nesta noite, mas não era para aproveitar nenhuma promoção. O objetivo era justamente o contrário: protestar contra o preço alto da gasolina.

Após concentração no Parque das Nações Indígenas, que foi uma prévia do manifesto, com apitos, alto-falante, faixas e nariz de palhaço, os motoristas seguiram para dois postos de combustíveis, na Afonso Pena, em frente ao shopping, e na rua 13 de Maio.

“Mãos ao alto, três reais é um assalto”, diziam os manifestantes enquanto dirigiam os carros, com pisca-alerta ligados, e buzinavam.

Nos postos, cada consumidor abasteceu R$ 0,50 de gasolina e pagou com cédula de grande valor ou com cartão, além de exigir nota fiscal.

A movimentação começou na internet, por meio das redes sociais. Teve até gente que não estava sabendo, mas resolveu aderir ao protesto ao ver o movimento nos postos. Este foi o caso do técnico de maquinário Raphael Penha, de 20 anos.

“Eu acho um absurdo um posto cobrando R$ 3,11 o litro. Eu não estava sabendo do protesto, mas quando vi o movimento e me informei, resolvi participar”, contou.

Ele abasteceu a moto com R$ 0,50 de gasolina e pagou com um cartão de débito.

O vendedor Wagner Lourenço, de 27 anos, não se contentou em participar da manifestação em apenas um posto. Ele abasteceu a moto com R$ 0,50 em dois estabelecimentos. “É ridículo o preço que chegou a gasolina”, afirmou.

Cada motorista colocou R$ 0,50 de gasolina (Foto: Paula Maciulevicius)
Cada motorista colocou R$ 0,50 de gasolina (Foto: Paula Maciulevicius)

Foi pela mídia social Facebook que o comerciante Daniel Delgado, de 24 anos, ficou sabendo do protesto. “Se tivesse mais iniciativas como essa, o Brasil talvez não estaria como está”, afirmou.

Já o administrador Renato Gomes Batista, 40 anos, ficou sabendo pelo Twitter. “A iniciativa é muito boa, se todo mundo se unir o movimento cria força”.

A publicitária Josiane Guerra, 28 anos, deu uma cédula de R$ 100 e abasteceu R$ 0,50 de gasolina. “Já deviam ter feito manifesto como esse há muito tempo. Cada vez o preço aumenta mais. Esse aumento é abusivo”, disparou.

O estudante Welson Schaustz, de 21 anos, analisou a situação. “Esse preço é uma injustiça, mas não é culpa dos postos. Nós temos que cutucar quem a gente pode, para eles cutucarem o Governo”, afirma. Ele abasteceu o veículo com R$ 0,50 e pagou com cartão.

Até tu, Brutus - E não é que até donos e funcionários de postos acharam correta a manifestação.

O frentista Patrick Fernando Arruda afirmou que o protesto é um direito do consumidor “e tem que fazer isso todo dia”. “Todo mundo reclama, não tem como ficar desse jeito”, afirmou.

Gerente de posto de combustíveis, Luiz Alberto Callepso afirmou que “achou ótimo, alguma coisa tem que ser feita”.

Ele afirmou que as distribuidoras estavam prevendo reajuste para semana que vem, mas desistiram diante da reação dos consumidores.

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