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Capital

Protesto ruralista tem parente de candidato e menos gente que esperado

Manifestação começou em frente ao Parque das Nações Indígenas e foi em carreata até a Governadoria

Anahi Zurutuza e Anny Malagolini | 29/09/2016 17:20
Caminhões, tratores e carros foram em fileira no Parque dos Poderes (Foto: Anny Malagolini)
Caminhões, tratores e carros foram em fileira no Parque dos Poderes (Foto: Anny Malagolini)
Fazendeiros contrataram guinchos para transportar tratores da fazenda até Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)
Fazendeiros contrataram guinchos para transportar tratores da fazenda até Campo Grande (Foto: Direto das Ruas)

Cerca de 100 produtores rurais foram às ruas de Campo Grande, na tarde desta quinta-feira (29), em um protesto contra o governo de Mato Grosso do Sul. Feito às vésperas da eleição e liderado por parente de candidato, o ato foi um fracasso e nem de longe atingiu a meta esperada, de reunir 500 manifestantes.

Para engrossar o movimento, dez caminhões e cinco tratores foram colocados na Avenida Afonso Pena, além dos carros e caminhonetes. Alguns dos manifestantes foram a cavalo até a Governadoria, no Parque dos Poderes.

O motivo do protesto, segundo Pedro Pedrossian Neto, que se apresentou como a liderança dos manifestantes, é que o grupo está decepcionado com o Governo do Estado. Ele diz que Reinaldo Azambuja (PSDB) se elegeu com os votos do setor prometendo “choque de gestão” que ainda não se confirmou.

“Não é isso que a gente está vendo. Teve aumento de ICMS [Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços], o Novilho Precoce paralisou, falta atuação mais firme para resolver a questão das demarcações”, aponta.

O líder do protesto tem íntima ligação com o processo eleitoral em curso e também já teve cargo comissionado no Executivo na gestão anterior. Sobrinho do candidato Pedrossian Filho (PMB), Neto já foi secretário de Estado de Desenvolvimento Agrário, da Produção, da Indústria, do Comércio e do Turismo, no governo de André Puccinelli (PMDB). Ele foi nomeado no dia 6 de março de 2014 para substituir Teresa Cristina Corrêa da Costa, que deixou o cargo na época para a campanha de deputada federal.

O grupo não conseguiu se encontrar com o governador quando chegou à sede do Executivo estadual. Reinaldo estava em um compromisso fora do local. Mas, representantes do grupo conseguiram reunião com Eduardo Riedel, o secretário de Governo, no fim da tarde. 

Além disso, pela manhã, Riedel e outros dois secretários foram até a Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul) para reunião com lideranças agropecuárias e 41 presidentes de sindicatos rurais.

Copagaz – Alguns dos caminhões que participaram do movimento eram da Copagaz, empresa que pertence ao Grupo Zahran, dono da TV Morena, afiliada da Rede Globo em Campo Grande. Também foram contratados caminhões-guincho para transportar tratores da fazenda até o local do protesto.

Alguns donos de revendedoras aproveitaram o protesto para reclamar da baixa nas vendas e falta de incentivo. Mas, preferiram não se identificar.

Estavam presentes produtores Aquidauana, Miranda, Paranhos e São Gabriel, dentre outros municípios do Estado.

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