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Capital

Quadrilha comandada por presos da Máxima roubou quatro caminhões

Viviane Oliveira | 18/04/2013 12:52
Da esquerda para a direita, Eder, Rodrigo e Jonny. (Foto: Marcos Ermínio)
Da esquerda para a direita, Eder, Rodrigo e Jonny. (Foto: Marcos Ermínio)

Uma quadrilha especializada em roubos de caminhões, que era comandada por presos do Presídio de Segurança Máxima,  roubou, pelo menos, quatro caminhões mediante sequestro dos caminhoneiros. O grupo foi preso em Campo Grande. Na manhã de hoje (18) três homens, que executavam os crimes e dois detentos, foram apresentados na Defurv (Delegacia Especializada de Furtos e Roubos de Veículos).

Eder Alves dos Santos, de 28 anos, Jonny Bação, de 22 anos, Rodrigo dos Santos, de 27 anos, Samuel Arante Rosa, de 20 anos, e José Roberto dos Santos Júnior, de 21 anos, os dois últimos agiam de dentro do presídio. Duas armas um revólver calibre 38 e um 32 foram apreendidos com o bando.

A quadrilha começou a agir no começo de fevereiro e roubou pelo menos 4 caminhões, desses, apenas um foi para o Paraguai. De acordo com a delegada responsável pelo caso, Maria de Lourdes Cano, em todos os casos as vítimas foram mantidas em cárcere privado, enquanto o veículo não atravessava a fronteira.

Um dos crimes executados pela quadrilha foi no dia 15 de fevereiro deste ano, quando uma família foi feita refém no Jardim Caiobá. Uma menina de 8 anos, o irmão de 12 anos, a mãe de 38 anos, e o pai de 28, ficaram trancados na casa de Eder em um quarto escuro.

Tudo isso porque assaltantes queriam roubar o caminhão que servia como ganha pão das quatro pessoas. Eles chegaram a roubar o veículo, mas foi encontrado abandonado pela Polícia em Sidrolândia.

O bando também será responsabilizado pelo roubo de um caminhão Scania. A vítima, um homem de 58 anos, reconheceu os bandidos. “Eles me levaram para um matagal na saída de Rochedo e todo o tempo, um deles apontava arma, para a minha cabeça”, contou.

Em todos os casos os bandidos fingiam contratar serviço de frete, para roubar os veículos das vítimas. Todos vão responder por formação de quadrilha, roubo qualificado por concurso de pessoa, arma de fogo e cárcere privado.

Como agia a quadrilha - José Roberto, preso mais de um ano por tráfico de drogas, e Samuel, que cumpria pena há 4 meses por sequestro, articulavam os crime através de um celular de dentro do Presídio de Segurança Máxima. “Fazia os contatos por celular”, disse José Roberto, que afirma ter pagado R$ 1 mil para conseguir o aparelho na cadeia.

Samuel já cumpria pena por sequestro. (Foto: Marcos Ermínio)
Samuel já cumpria pena por sequestro. (Foto: Marcos Ermínio)
José Roberto por tráfico de drogas. (Foto: Marcos Ermínio)
José Roberto por tráfico de drogas. (Foto: Marcos Ermínio)
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