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Capital

Quadrilha lucraria cerca de R$ 110 mil com a venda de maconha no Dom Antônio

Renan Nucci | 26/01/2015 11:46
Grupo negou envolvimento com o tráfico; Durante apresentação, cada um apresentou uma versão diferente dos fatos. (Foto: Marcos Ermínio)
Grupo negou envolvimento com o tráfico; Durante apresentação, cada um apresentou uma versão diferente dos fatos. (Foto: Marcos Ermínio)
Droga adquiria no Paraguai seria revendida a R$ 300 o quilo na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)
Droga adquiria no Paraguai seria revendida a R$ 300 o quilo na Capital. (Foto: Marcos Ermínio)

Quadrilha desmantelada pela Denar (Delegacia Especializada de Repressão ao Narcotráfico) lucraria cerca de R$ 111 mil com a venda maconha em Campo Grande. O grupo composto por seis pessoas era o principal responsável por abastecer bocas de fumo no Bairro Dom Antônio Barbosa e região. Cinco dos autores foram presos, exceto Kelvin Vieira Romin, 22 anos, foragido.

De acordo com o delegador João Paulo Sartori, da Denar, foram apreendidos 370 quilos da droga adquirida na fronteira com o Paraguai. Cada quilo seria revendido na Capital por aproximadamente R$ 300. “Este é o preço médio, mas o valor depende de onde é feita a venda”, explica Sartori. Também foram apreendidas pequenas porções de cocaína. O grupo agia há dois meses e após denúncia, passou a ser monitorado há cerca de 20 dias.

No ato da abordagem, os seis integrantes estavam em uma casa na Rua Júlio Takeshi, no Dom Antônio, que pertence a Elianete Ramona Monteiro, 35 anos. Jair Main Romin, 56 anos, Ben Hur Giordano Dias Albuquerque, 28, Valdir de Santana Dias, 33, e Lucileno Monge Silva, 33, faziam a vigia do local, enquanto que Kelvin e Elianete estavam no interior do imóvel.

Ao notar a aproximação da polícia, Kelvin pulou os muros do fundo e conseguiu fugir. O restante do grupo foi autuado. Em diligências à casa de Kelvin, no Bairro Universitário, os policiais encontraram uma balança de precisão e um colete à prova de balas. “Eles eram os distribuidores daquela região e utilizavam a casa de Elianete como uma espécie de centro, onde se reuniam para planejar o tráfico”, disse o delegado.

Interrogados, os presos negaram envolvimento no crime. Elianete se recusou a falar com a imprensa. Já Ben-Hur, afirmou que conhecia somente Lucileno, e que estava na casa apenas em visita. Lucileno, por sua vez, alegou que é pintor e que foi ao local para fazer orçamento da pintura de uma moto. “Estava no lugar errado e na hora errada”, disse.

Valdir, pedreiro, afirmou que tinha ido em um depósito nas proximidades para fazer orçamento de materiais para construção. “Nem sei porque fui preso”, alega. O mecânico Jair confirma a história de Valdir e disse que apenas deu uma carona para ele. “Meu filho me telefonou e disse para eu levar Valdir em um depósito no Dom Antônio. Lá fui preso. Não tenho envolvimento com isso, sou um mecânico conhecido e não preciso desse tipo de coisa”, afirmou.

Foragido – Jair é pai de Kelvin. O rapaz foi autuado em março do ano passado por matar, supostamente por engano, o mecânico João Ricardo Gervázio Júnior, 28 anos, assassinado a tiros no lugar do cunhado, identificado como Emerson. O autor teria sido contratado por uma terceira pessoa para matar Emerson por causa de uma dívida de R$ 40 mil. Na mesma época, Valdir procurou a imprensa para alegar que o filho não era culpado e que estava juntado provas para inocentá-lo.

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