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Capital

Quadrilha que expôs falhas na segurança de delegacia não ficou presa

Renan Nucci | 19/02/2015 11:14
Criminosos romperam tela para invadir pátio da delegacia. (Foto: Marcelo Calazans)
Criminosos romperam tela para invadir pátio da delegacia. (Foto: Marcelo Calazans)

O seis adolescentes apreendidos em flagrante sob suspeita de integrar a quadrilha que furtava peças de motos recolhidas no pátio da Defurv (Delegacia Especializada de Repressão a Furtos e Roubos de Veículos), em Campo Grande, já estão em liberdade. Detidos na última terça-feira (17) de Carnaval, eles foram ouvidos e liberados. Um homem também foi autuado por receptar os objetos - a polícia arbitrou fiança, mas para manter o sigilo das investigações, não divulgou se ele continuava preso.

Inquérito foi instaurado para apurar as invasões e também as falhas na segurança. De acordo com o delegado Alberto Vieira Rossi, titular da delegacia instalada na Avenida Senador Filinto Müller, na Vila Ipiranga, os primeiros furtos ocorreram em dezembro. Os autores aproveitavam para entrar no local de noite, finais de semana e feriados, quando não há expediente.

“Primeiro eles entravam pelo muro lateral da delegacia, onde há um terreno baldio, mas depois o proprietário fechou o terreno e eles passaram a entrar por uma cerca de tela que fica na divisa com o Instituto de Criminalística”, observou.

As primeiras suspeitas surgiram em dezembro do ano passado. No início deste ano, evidências claras de que o pátio estava sendo invadido chamou a atenção dos policiais. Durante campana na noite de última terça, eles apreenderem três adolescentes que, por sua vez, informaram onde estavam os comparsas junto com os objetos subtraídos (diferente do que havia sido previamente informado pela assessoria de imprensa da Polícia Civil). Os integrantes do grupo residem, em sua maioria, na região do Bairro Guanandi.

Rossi explicou que eles não agiam de maneira organizada. “Eles guardavam as peças furtadas em casa e as ofereciam esporadicamente na rua. Tudo começou com uma farra, até que eles acabaram detidos. Como foram delitos de baixo potencial ofensivo, eles não ficaram recolhidos”, disse o delegado, minimizando a chances de que os crimes fossem cometidos a pedido de um suposto comprador. O prejuízo total ainda não foi contabilizado.

Segurança – O muro que era escalado pelos infratores é coberto por cerca elétrica que, além da própria polícia durante o expediente diurno, auxilia na segurança. Sobre possíveis falhas e medidas a serem adotadas para evitar novos casos, o delegado limitou-se a dizer que a Defurv estuda a implantação de um sistema de videomonitoramento, restando apenas a disponibilidade de recursos. O caso é investigado com auxílio da Deaij (Delegacia Especializada de Atendimento à Infância e Juventude).

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