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Capital

Recebendo 83% a mais, concessionária diz que está há 2 anos sem reajuste

Aline dos Santos e Flávia Lima | 11/08/2015 11:26
Para superintendente da Solurb, assunto Lama Asfáltica ainda "está muito obscuro".  (Foto: Fernando Antunes)
Para superintendente da Solurb, assunto Lama Asfáltica ainda "está muito obscuro". (Foto: Fernando Antunes)

O consórcio CG Solurb, que faz a gestão dos resíduos sólidos de Campo Grande desde 2012, informa que o contrato está há dois anos sem reajuste e o aumento de 83% no valor pago por mês corresponde à ampliação dos serviços executados. Há três anos, a média de pagamento mensal era de R$ 4,3 milhões. Conforme a empresa, neste primeiro semestre, o valor médio foi de R$ 7,9 milhões por mês.

A Solurb informa que desde 2014 passou a fazer varrição e roçagem em mais bairros, foram inclusos Tiradentes, entorno da lagoa Itatiaia, Maria Aparecida Pedrossian, Jacy, Guanandi, Taquarussu, Piratininga, Jardim América, Taveirópolis e Belo Horizonte.

Conforme nota divulgada à imprensa, o perímetro desses serviços cresceu 28,46%, passando de 185 km para 242 km. Ainda de acordo com a Solurb, o trabalho manual de capina e roçagem cresceu 42,82%. A roçada mecanizada, com máquina costal, teve ampliação de 289,22%.

A coleta de lixo teve crescimento de 18% em relação a 2012. O total passou de 209.281 toneladas para 247.858 toneladas. Somente em janeiro deste ano, foram recolhidas 25.541 toneladas de lixo, superior à média mensal, que chega a 21.713 toneladas.

Em julho, o Diário Oficial do município trouxe repasse que totalizaram R$ 14,3 milhões. O que corresponde a aumento de 232% em relação ao contrato inicial. De acordo com a empresa, os empenhos são referentes às medições dos serviço em junho e julho, que serão pagos ao longo do mês de agosto conforme a disponibilidade financeira do município. As explicações têm o mesmo teor de nota divulgada semana passada pela prefeitura de Campo Grande.

Uma das empresas do consócio, a LD Construções é alvo da operação Lama Asfáltica, que investiga esquema entre empreiteiras e servidores para fraudes em licitações. A variação de capital social colocou a empresa na mira da Receita Federal, que participou da ação em parceria com a PF (Polícia Federal) e CGU (Controladoria-Geral da União).

De acordo com superintendente da Solurb, Élcio Terra, o assunto Lama Asfáltica ainda “está muito obscuro”. Segundo ele, a elevação do patrimônio deve ser questionada aos sócios da LD.

Em 2012, a CG Solurb venceu licitação envolvendo valor de R$ 1,8 bilhão para gestão dos resíduos sólidos por 25 anos. O consórcio foi liderado pela Financial Engenharia Ambiental, mas em parceria com a LD Construções. A Financial era responsável pela coleta do lixo desde 2005.

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