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Capital

Recém instaladas, lixeiras na Orla Morena já são alvos de vândalos

Luciana Brazil | 19/07/2012 14:53
Indignado, presidente da Associação afirma que moradores estão insatisfeitos com a situação. (Fotos:Rodrigo Pazinato)
Indignado, presidente da Associação afirma que moradores estão insatisfeitos com a situação. (Fotos:Rodrigo Pazinato)

Instaladas para garantir a limpeza e a ordem na Orla Morena, as lixeiras ecológicas, colocadas a menos de um mês no local, já começaram a ser depredadas. O vandalismo acontece, provavelmente, de madrugada, horário onde não há policiamento na via. Agora, os moradores já querem que o local seja fechado em determinados horários.

Pichadas, as lixeiras foram revitalizadas. Mas o desrespeito veio em forma de letras e desenhos, e mais uma vez as lixeiras voltaram a ser depredadas.

A depredação já fez com que os moradores começassem a discutir ações para impedir o vandalismo. A Associação dos Amigos da Orla Morena quer que os culpados sejam identificados.

Mas o problema não se limita apenas às lixeiras. Por todo lado é possivel ver as pichações. O que antes estava bem cuidado, hoje já precisa ser pintado novamente.

“Isso não pode continuar assim e, hoje já estamos discutindo na possibilidade de colocar grades no entorno, restringindo o acesso a orla em alguns horários, caso não seja possível identificar os autores”, disse o presidente da associação, Ricardo Sanches Vieira.

Segundo Ricardo, a Orla recebe muitas pessoas de outros bairros e essa migração é vista com bons olhos, mas a associação tem receio de que os visitantes sejam os responsáveis pela depredação das lixeiras e também pelos muros da Orla. “Tem muita gente que vem para cá, mas não é daqui, é de outro lugar”.

Feitas de concreto e borracha, as lixeiras têm cerca de 80 kg e capacidade para 100 litros. Instaladas no dia 26 de junho, fazem parte da continuidade da política de resíduos sólidos em Campo Grande, que prevê também a coleta seletiva e a educação ambiental.

A parceria entre a Semadur (Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Desenvolvimento Urbano), a empresa Ecopneu e a Wartes Publicidade MS, resultou na ação, que tem o propósito de expandir os locais de instalação.

Quando a primeira revitalização das lixeiras da Orla foi feita, um dos parceiros do projeto arcou com a revitalização, mas segundo ele, é incabível aceitar que isso aconteça sempre.

“Eu gastei cerca de R$120 com cada lixeira que eu arrumei. Ao todo, foram quatro, mas não é certo. Ainda não sabemos quem vai se responsabilizar pela revitalização”, explicou Wilson Campos, proprietário da Wartes Publicidade Ms. A empresa trabalha com artefatos de cimento e fabricação de bancos de concreto.

De acordo com o presidente da associação, sete bairros, Amambaí, Planalto, Cabreúva, Monte Verde, Boa Vista, Vila Corumbá e Alto Sumaré fazem parte da associação.

Ao fundo ve-se o muro da escola estadual todo pichado.
Ao fundo ve-se o muro da escola estadual todo pichado.
Vários muros da Orla foram alvo de pichadores.
Vários muros da Orla foram alvo de pichadores.

Segurança: O policiamento na Orla é feito no horário de pico, que acontece entre 17h e 22h. “Nós abordamos constantemente, e já encontramos um adolescente com uma lata de tinta aerosol, o que é proibido”, explicou o aspirante a oficial da PM (Polícia Militar) Andrew Matheus Xavier do Nascimento.

Segundo ele, a pichação é crime ambiental e a pena pode variar entre três meses a um ano. O aspirante lembra também que, os policiais que fazem a ronda no local, já encontraram drogas escondidas entre as plantas.

Na tentativa de levar adiante o problema, a Associação vai registrar um Boletim de Ocorrência, como fez da primeira vez. “Até mesmo a colocação de uma câmera está sendo pensada, mas o fechamento seria mais barato”, conclui o presidente da Associação.

Algumas frases pichadas na parede, citando o governador André Pucinelli, demonstram que os vândalos, sem nenhum respeito ao bem público, fazem ameaças, insinuando que mesmo que o muro seja pintado, as pichações continuaram.

Lixeiras: A iniciativa da fabricação teve início com o estudo feito pala UFMS (Universidade Federal de Mato Grosso do Sul) em conjunto com a empresa Ecopneu, que faz a destinação ecologicamente correta dos pneus inservíveis, além da Wartes Publicidade MS.

A assessoria de imprensa da prefeitura informou que as despesas serão pagas pela Seintrha (Secretaria Municipal de Infraestrutura, Transporte e Habitação). Quando houver necessidade de manutenção e reforma das lixeiras a população pode entrar em contato com a secretaria, solicitando o serviço. O telefone da pasta é 3314-3676.

A Semadur é responsável apenas pelo projeto das lixeiras ecológicas.

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