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Capital

Reconstituição aponta esposa e cunhado como autores de homicídio no Anache

Mariana Lopes | 04/09/2012 20:10
Matheus mostra como agrediu Leonídio no dia do crime, na cozinha da casa da vítima (Foto: Divulgação)
Matheus mostra como agrediu Leonídio no dia do crime, na cozinha da casa da vítima (Foto: Divulgação)

A reconstituição do homicídio de Leonídio Magalhães de Oliveira, 55 anos, encontrado morto no Jardim Anache, em Campo Grande, no dia 9 de julho, apontou a esposa, Marta Ferreira de Lima, 30 anos, e o concunhado da vítima, Matheus Neves, 22 anos, como autores do crime.

Segundo o delegado da 2ª DP (Delegacia de Polícia), Weber Luciano Medeiros, responsável pelo caso, Matheus confessou que matou o concunhado com golpes de uma barra de ferro na cabeça. O exame de necropsia apontou que o crânio de Leonídio foi quebrado em dezenas de pedaços.

A reconstituição foi feita na tarde de hoje, na casa da vítima, onde aconteceu o crime, com a participação de Matheus, Marta e a irmã dela, que também estava no dia fato, mas não estava envolvida. Segundo Matheus, ele estava escondido no corredor que liga a sala à cozinha, onde Leonídio estava sentado. O acusado esperou um sinal de Marta para entrar no ambiente e golpear a vítima.

Após perceberem que Leonídio já estava morto, Matheus e Marta embrulharam o corpo dele em um cobertor, colocaram dentro do porta-malas do carro e levaram até a estrada vicinal do assentamento São José no Jardim Anache, onde a polícia encontrou o cadáver. Segundo o delegado, a esposa da vítima que dirigiu o veículo até o local.

Leonídio foi assassinado no dia 9 de julho, porém, o corpo dele só foi encontrado 15 dias depois, já em estado avançado de decomposição. Marta havia registrado um Boletim de Ocorrência no dia seguinte ao crime, como desaparecimento de pessoa.

Uma perícia laboratorial realizada na casa onde ocorreu o homicídio detectou marcas de sangue no chão, visualizadas através de utilização de luminol.

Para a polícia, Marta confessou que estava junto no dia do crime, que ajudou a esconder o corpo do marido, que lavou a casa para desaparecer as marcas de sangue, que vendeu o carro usado para transportar o cadáver e que venderia o imóvel para por fim à história.

Matheus alega que a morte de Leonídio foi encomendada por Marta. Ela afirma que, apesar de ter participado do crime, foi o cunhado que planejou tudo, pois não aguentava mais as ameaças que a vítima fazia contra ele.

Para o delegado, a morte de Leonídio foi premeditada pela esposa, que, no ponto de vista dele, é mentirosa e dissimulada.

Matheus teve a prisão temporária decretada pelo juiz, enquanto Marta ainda está solta, pois, de acordo com Medeiros, o juiz alegou que não avia provas o suficiente para prendê-la.

Agora, com a materialização do homicídio, o delegado irá encaminhar um novo pedido de prisão à esposa da vítima.

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