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Capital

Reposição de aulas leva ano letivo até após o Natal e divide opiniões

Ludyney Moura | 22/11/2014 11:33
Primeiro dia de reposição de aula depois da greve, encheu salas de aula das escolas do município (Foto: Alcides Neto)
Primeiro dia de reposição de aula depois da greve, encheu salas de aula das escolas do município (Foto: Alcides Neto)

Mesmo depois terminada, a greve dos professores da REME (Rede Municipal de Ensino) ainda divide opiniões e também muda a rotina dos alunos, que neste sábado chuvoso encheram as salas de aula no primeiro dia de reposição do período de paralisação.

Na Escola Municipal Consulesa Margarida Maksoud Trad, no Bairro Estrela D'Alva, região norte da Capital, os alunos que ficarem de exame terão aulas até o dia 29 de dezembro. “Não haverá prejuízo no conteúdo e iremos terminar o ano eletivo de 2014 ainda este ano”, disse a diretora da unidade, Márcia Domingues Ferreira, onde estudam 1,9 mil estudantes.

Entre os alunos e professores, nem mesmo a chuva desmotivou a presença para as aulas extras. “Estou tranquila com a reposição. O importante é a gente não perder o conteúdo, mesmo porque os professores estavam lutando por aquilo que eles tem direito (o reajuste)”, disse a aluna do 8º ano do ensino fundamental, Marcela Vitória, 13 anos.

“A aula é um direito do aluno. Nós iremos cumprir com toda a carga horária. Só fizemos greve porque o prefeito teve uma atitude de descrédito e desmerecimento com uma categoria que só tem a contribuir com a gestão”, disse o professor de geografia, Orlando Rodrigues Peralta.

Marcela apoia os professores e não reclama de ter de repôr aula aos sábados (Foto: Alcides Neto)
Marcela apoia os professores e não reclama de ter de repôr aula aos sábados (Foto: Alcides Neto)
Já Jardel, pai de aluna, acredita que busca de reajuste não precisava terminar em greve (Foto: Alcides Neto)
Já Jardel, pai de aluna, acredita que busca de reajuste não precisava terminar em greve (Foto: Alcides Neto)

Já entre os pais, que tiveram que buscar os filhos debaixo de chuva, a reposição causou sentimentos diferentes.

“Não concordo com essas aulas (de reposição). É por culpa do prefeito que estou vindo aqui debaixo de chuva buscar minha filha, em um sábado. Se ele tivesse dado o reajuste, um direito dos professores, isso não estaria acontecendo”, disse a doméstica Maria de Jesus, 41 anos, mãe de uma aluna da pré-escola nível I.

Opinião diferente tem o técnico em contabilidade Jardel do Nascimento, que também chegou debaixo de chuva para buscar a filha. “Achei (a greve) uma responsabilidade dos professores. Eles poderiam ter lutado pelo reajuste dentro da sala de aula. É um direito deles, mas não é justo prejudicar o aluno”, afirmou.

Na unidade, as aulas serão repostas em quatro sábados, 22 e 29 de novembro e 6 e 13 de dezembro, e do dia 17 até 23 de dezembro, véspera de natal.

No entanto, a Secretaria Municipal de Educação ainda vai definir o calendário de reposição, já que a greve durou 10 dias letivos e a adesão foi diferente entre uma escola e outra.

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