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Capital

Revitalização emperra, enquanto danos em estrutura de avenida só aumentam

Ricardo Campos Jr. | 28/03/2016 16:50
Erosão levou parte do asfalto em trecho da Ernesto Geisel (Foto: Alan Nantes)
Erosão levou parte do asfalto em trecho da Ernesto Geisel (Foto: Alan Nantes)
Meio-fio apresenta rachadura ao lado de erosão na margem do Anhanduí (Foto: Alan Nantes)
Meio-fio apresenta rachadura ao lado de erosão na margem do Anhanduí (Foto: Alan Nantes)

Enquanto a revitalização da Avenida Ernesto Geisel não sai do papel, a estrutura da via apresenta sinais de que talvez não aguente esperar o início das obras. Chuva após chuva, as erosões aos poucos tomam conta da pista e os comerciantes que trabalham na via reclamam de viver apenas com a promessa e pedem melhorias.

Agustin Soler, 35 anos, é vendedor em uma madeireira perto do cruzamento com a Avenida Manoel da Costa Lima. Para ele, a Ernesto Geisel é uma importante via de acesso e deveria receber mais atenção por parte do poder público.

“Por ter até mesmo um shopping, é um ponto de referência. Eles [os gestores] ficam empurrando um para o outro e fica tudo largado, bagunçado. Isso é uma palhaçada, uma vergonha”, pontua.

Segundo ele, a situação na avenida chega até mesmo a espantar clientes. “Tem gente que está evitando passar por aqui. Uma hora, é um buraco e em outra, uma cratera”, reclama.

Além disso, o matagal na margem do rio é reduto de usuários de drogas, que já invadiram o comércio para roubar produtos que pudessem trocar por entorpecentes. A prefeitura, segundo Agustin, faz apenas o corte da grama a poucos metros do meio-fio, mas no barranco, as árvores e plantas ficam sem poda.

Clayton Domingues, 33 anos, também sofre com esse problema. Alguém abriu um buraco na parede de tijolos vazados para conseguir furtar produtos. Uma chapa de ferro foi colocada para tampar a fenda.

Para ele, no entanto, problema pior está no trânsito, já que em boa parte da via não tem guard rail e quebra-molas, o que favorece o tráfego em alta velocidade. “De fato está abandonado. Tinha que dar uma revitalizada. Como sempre, é só promessa. Todo governo promete para ganhar voto”, pontua.

Não é a primeira vez que o asfalto da Ernesto Geisel cede. Uma enorme erosão afetou o asfalto em frente ao Parque de Preservação do Anhanduí e permaneceu aberta por meses, tendo passado recentemente por obras emergenciais.

Estragos – O trecho mais recente a apresentar problemas fica em frente ao Guanandizão. O local há vários anos perdeu uma pista e meia por conta de uma erosão que ficou bastante tempo sem conserto e agora a situação pode se repetir.

A situação no local se agravou com a última chuva forte, na sexta-feira (25). A cratera a margem do Rio Anhanduí abriu uma fenda que já separa o pavimento do meio-fio. Sinalizadores interditam aproximadamente 20 metros da faixa da esquerda, no sentido Centro/Bairro.

Margem de rio cedeu e ameaça levar asfalto junto (Foto: Alan Nantes)
Margem de rio cedeu e ameaça levar asfalto junto (Foto: Alan Nantes)

Mais adiante, o estrago é um pouco maior e até um coqueiro plantado às margens da avenida caiu. Lixo foi jogado dentro do buraco, que está sinalizado com cavaletes.

Também há um trecho da Ernesto Geisel em frente ao shopping que aparenta fragilidade, tendo também motivado a interdição de uma das pistas.

O Campo Grande News entrou em contato com a prefeitura para saber o andamento do projeto de revitalização da avenida, mas até a publicação desta reportagem não houve retorno.

Nem trecho em frente ao shopping escapa das erosões (Foto: Alan Nantes)
Nem trecho em frente ao shopping escapa das erosões (Foto: Alan Nantes)
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