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Capital

Revolta após cão ser sacrificado no CCZ acaba com 2 pessoas detidas

Liana Feitosa e Kleber Clajus | 07/09/2014 14:52
Protetora Aline preferiu não mostrar o rosto. Ela está detida na Depac Piratininga. (Foto: Kleber Clajus)
Protetora Aline preferiu não mostrar o rosto. Ela está detida na Depac Piratininga. (Foto: Kleber Clajus)

A visita de uma estudante de 24 anos ao CCZ (Centro de Controle de Zoonoses) de Campo Grande terminou em confusão e com dois detidos pela polícia no início da tarde de hoje. Aline Félix, que faz parte de um grupo de protetores de animais, foi presa ao lado do marido, depois de gravar uma conversa com funcionários do CCZ.

A estudante teria levado dois cães para serem vacinados no centro e aproveitou para saber do estado de saúde de um terceiro animal, que havia sido recolhido pelo CCZ ontem à noite.

Segundo Aline, o cão foi recolhido depois de uma denúncia de que estaria sofrendo maus tratos. A estudante conta que começou a fazer perguntas para uma funcionária do Centro de Zoonoses e acabou descobrindo que o cão havia sido sacrificado.

Antes disso, outra mulher esteve no lugar e também diz ter questionado funcionários sobre a situação do cão recolhido no dia anterior. "Falaram que ele estava doente e que, por isso, foi sacrificado, mas não falaram qual era a doença", conta a estudante de Farmácia, Katiana Macedo.

Para ela, o CCZ não pode matar qualquer cão que chegue ao centro. "Eles não têm o direito de sacrificar cães que chegam lá com qualquer patologia, só aqueles que tem leishmaniose", afirma.

Confusão - Antes de ser presa, Aline diz que gravou uma médica veterinária admitindo que, frequentemente, os animais passam apenas por uma análise clínica antes de serem eutanasiados.

Na versão de Aline, a veterinária teria percebido que a conversa estava sendo gravada e, por isso, acabou tomando o celular da mão da jovem e a impediu de sair do local, segundo ainda conta a estudante.

A polícia foi acionada e até a chegada da PM o casal foi proibido de deixar o prédio do CCZ, diz Aline. Todos foram encaminhados para a Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) do bairro Piratininga.

Aline e o esposo dela foram detidos por desacato. Cerca de 10 funcionários do CCZ, inclusive, o advogado da médica veterinária, estão no local. O Campo Grande News tentou ouvir a versão do CCZ, mas os funcionários envolvidos na confusão não quiseram falar sobre o assunto.

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