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Capital

Rivalidade histórica entre bairros retoma onda de mortes e tiroteios

Luana Rodrigues | 12/12/2015 09:17
Tiros atingiram as pernas de três rapazes. (Foto: Marcos Ermínio)
Tiros atingiram as pernas de três rapazes. (Foto: Marcos Ermínio)

Tráfico de drogas, roubos nas ruas e furtos nas casas, são visíveis e até reconhecidos pela polícia os problemas de segurança na região do Nova Lima, em Campo Grande. Mas a guerra que resultou em mortes e tiroteio nos últimos meses não é fruto destes crimes. Segundo a polícia, uma rivalidade já considerada histórica entre as gangues dos bairros existentes ali tem sido a motivação para os atentados. Numa referência aos americanos, seria a Costa Leste e a Costa Oeste brigando para mostrar quem tem mais poder.

Conforme o delegado titular da 2ª delegacia de Polícia Civil, Alexandre Evangelista, responsável por aquela área, a polícia tem trabalhado na identificação dos autores de homicídios e tentativas, para descobrir a motivação dos crimes e evitar que voltem a ocorrer.

Durante esse trabalho foi que os policiais perceberam a rivalidade entre os bairros existentes na região, entre eles, Jardim Columbia, Campo Belo e Residencial Vida Nova. "Na maioria dos casos, as mortes são resultados de discussões que ocorreram em festinhas, ou de olhares mal encarados na Rua e até de fofoca entre os grupos, motivos fúteis", disse o delegado.

No mês de setembro, por exemplo, em 15 dias, três tiroteios assustaram a população. “São brigas de maloqueiros”, comentou na época um empresário de 46 anos, que mora na região há oito anos e preferiu não se identificar, por medo de ameaças.

O que chama a atenção nos casos é a juventude das vítimas. No primeiro tiroteio, foram feridos Alex Pereira Leal, 23 anos, Esmael Morais da Costa Júnior, 19, e Elivelton Costa, 23. Os três tiveram ferimentos nas pernas.

Dois dias depois, Igor Aparecido Barbosa, 18 anos, foi atingido por tiros na perna por duas pessoas em uma motocicleta vermelha. Os suspeitos chegaram a serem detidos, afirmando que possuíam uma rixa com a vítima, mas foram liberados por falta de provas. 

Jovem de 18 anos não resistiu e morreu após ser baleada (Foto: Fernando Antunes)
Jovem de 18 anos não resistiu e morreu após ser baleada (Foto: Fernando Antunes)

Já no mês passado, Daniela Aparecida Jorge da Cunha Bação, 18 anos, foi morta a tiros no Bairro Nova Lima. A moça estava em frente à casa do ex-padrasto, na Avenida Cândido Garcia de Lima, quando foi alvejada com três disparos de arma de fogo.

Conforme testemunhas, a garota estava sentada, na frente da casa, conversando com amigas, quando dois homens em uma motocicleta vermelha pararam, um deles pegou o revólver e apontou para a moça. Ela saiu correndo, mas acabou sendo atingida por três tiros. Segundo o delegado, dois suspeitos pelo crime já foram presos.

De acordo com o delegado, o perfil dos envolvidos na briga de gangues é exatamente esse, adolescentes e jovens. "Por isso estamos realizando uma trabalho conjunto entre os investigadores do 2º DP, policiais do SIG (Serviços de Investigações Gerais) e da Deaij(Delegacia Especializada no Atendimento da Infância e Juventude) e os índices dos crimes tem diminuído", finalizou o delegado.

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