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Capital

Ruas acumulam problemas e moradores do Indubrasil se dizem esquecidos

Viviane Oliveira | 07/02/2012 15:49

A BR-262 não tem acostamento, algumas placas de sinalização estão encobertas e os pedestres dividem a calçada com o mato alto

Para não atolar o ônibus na lama os motoristas passam beirando as casas. O resultado, segundo moradores, são paredes rachadas e sujas de lama.
Para não atolar o ônibus na lama os motoristas passam beirando as casas. O resultado, segundo moradores, são paredes rachadas e sujas de lama.
Algumas placas de sinalização estão encobertas e os pedestres dividem a calçada com o mato alto às margens da BR. (Foto: Marlon Ganassin)
Algumas placas de sinalização estão encobertas e os pedestres dividem a calçada com o mato alto às margens da BR. (Foto: Marlon Ganassin)

As ruas do bairro Indubrasil, em Campo Grande, acumulam problemas e os moradores se dizem esquecidos pelo poder público. No mais antigo pólo industrial da cidade, na região Oeste, o cenário é de ruas esburacadas em linha de ônibus, falta de iluminação pública e asfalto precário na BR-262 que dá acesso ao local.

Basta andar alguns metros para perceber que a rodovia, com grande fluxo de veículos, é estreita e não tem acostamento. Além disso, algumas placas de sinalização estão encobertas e os pedestres dividem a calçada com o mato alto às margens da BR.

Esperando transporte na rodovia em meio ao matagal para ir até Terenos, a vendedora Ana Dultra Ferreira, 40 anos, disse que a única vantagem de morar no bairro são as indústrias. “Esperar ônibus a noite é um perigo, algum marginal pode usar o mato para se esconder e atacar quando menos tiver esperando”.

Daniela Inês de Souza, 33 anos, mora há 30 anos no bairro. Ela tem várias queixas. “Aqui é um bairro que não tem posto de saúde 24 horas, não tem uma panificadora perto e só tem uma farmácia”.

Conforme a moradora, por falta de concorrência no comércio os preços dos produtos são elevados. “Esses dias fui comprar um remédio no centro e descobri que pagava quase o dobro do valor na farmácia do bairro”, lamenta.

Outro problema é a falta de iluminação pública no bairro. Salvador de Araújo Magalhães, 50 anos, vai trabalhar de motocicleta todos os dias e tem medo de trafegar a noite por conta da escuridão.

Ao longo da rodovia é possível ver amontoados de lixo, como restos de árvores, materiais de construção, pneus velhos e até sofá velho. (Foto: Lucimar Couto)
Ao longo da rodovia é possível ver amontoados de lixo, como restos de árvores, materiais de construção, pneus velhos e até sofá velho. (Foto: Lucimar Couto)

“Começa e escurecer e junto vem a preocupação de ir embora para a casa”, afirma Salvador. De acordo com ele, no último dia 29 morreu um motociclista na rodovia e ele atribui o acidente a falta de iluminação.

Com um ofício em mãos, o aposentado Jorge da Silva, 55 anos, mostra que a promessa de asfalto na rua Candeias, que é linha de ônibus, está no papel.

“Quando chove fica impossível os ônibus trafegarem nas ruas esburacadas. Para não atolar o ônibus na lama os motoristas passam beirando as nossas casas. O resultado são paredes rachadas e sujas de lama”.

Ao longo da rodovia é possível ver amontoados de lixo, como restos de árvores, materiais de construção, pneus e até um sofá velho.

De acordo com a assessoria de imprensa da Prefeitura, algumas linhas de ônibus que ainda não foram asfaltadas vão entrar na próxima programação.

Com relação à iluminação pública a assessoria pede para os moradores entrar em contado com a secretaria de obras pelo telefone 3314-3675 ou no 3314-3676.

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