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Capital

Samu e Bombeiros abrem sindicância sobre episódio policial

Nadyenka Castro | 05/07/2011 11:28

Militar deu voz de prisão a médica

O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e o Corpo de Bombeiros abriram sindicância para apurar a conduta de seus representantes no episódio ocorrido na noite do dia 22 de junho, em Campo Grande, que terminou com uma médica presa por um sargento.

Os dois órgãos têm prazo de 30 dias para concluir os procedimentos onde serão verificados se os envolvidos agiram de forma correta no caso que começou por volta das 23 horas durante atendimento a uma vítima de acidente de trânsito ocorrido na avenida Eduardo Elias Zahran, Jardim Paulista.

O Corpo de Bombeiros e o Samu foram chamados para atender à ocorrência. Os militares chegaram primeiro e começaram a socorrer o motociclista que havia colidido em um carro.

De acordo com boletim de ocorrência, quando o Samu chegou, a médica disse que o serviço havia sido acionado para o local e pediu para que os militares saíssem de lá.

Conforme relatado à Polícia Civil, pelo sargento do Corpo de Bombeiros que deu voz de prisão a ela, a profissional falou que eles não entendiam nada e os empurrou.

O Samu então transportou a vítima para a Santa Casa e ao fim de todo o procedimento o sargento deu voz de prisão à médica por desacato e resistência à prisão.

Coordenador do Samu, o médico Mauro de Britto Ribeiro, diz que a profissional falou ao militar que ela iria atender à vítima e o bombeiro respondeu que o atendimento já estava sendo feito e que não era necessária a intervenção dela.

Mauro Ribeiro conta ainda que houve uma breve discussão entre o sargento e a médica sobre quem era autoridade naquele momento. O Samu então transportou o ferido e do hospital os envolvidos foram parar na delegacia de Polícia Civil.

Para o coordenador do Samu, o fato “foi um fato isolado” de discórdia entre as instituições. “Foi um problema pontual”, afirma.

O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Ociel Ortiz, diz que o sargento relatou que “foi desacatado e desrespeitado”. “Ela o chamou de incompetente. É o que ele diz. É o que consta no relatório dele”.

Segundo Ociel, serão ouvidas no procedimento administrativo testemunhas do caso, a médica e também o militar. A sindicância é presidida por um oficial.

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