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Capital

Samu e postos mandam 35 doentes em duas horas e superlotam HR

Aline dos Santos | 30/05/2014 12:18

Com 35 pacientes transferidos pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e encaminhados pelos postos de saúde 24 horas e UPAs (Unidades de Pronto Atendimento) em duas horas, o HR (Hospital Regional) Rosa Pedrossian ficou superlotado e suspendeu o recebimento de novos pacientes no pronto-socorro.

De acordo com o diretor do hospital, Rodrigo Aquino, o fluxo incomum de pacientes fez com que a unidade atendesse 50% mais do que a capacidade. “A capacidade física instalada é para 77 pacientes. Já chegaram mais de cem. Isso implica na qualidade do atendimento, temos um dimensionamento da equipe médica”, justifica, sobre a impossibilidade de receber mais pessoas.

Num movimento atípico e ainda sem explicação da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), o Samu chegou a levar três pacientes em uma única ambulância. “Pela informação que me passaram, pessoas com condições de transportes eram orientadas nos postos de saúde a procurarem o hospital”, afirma Aquino.

Após às 9h, 39 pessoas deram entrada no hospital. Do total, quatro vieram do interior e 35 encaminhados pelo Samu e unidades do Nova Bahia, Universitário, Tiradentes, Guanandi, Vila Almeida e Coronel Antonino. Do interior, os pacientes são provenientes de Sidrolândia, Chapadão do Sul, São Gabriel do Oeste e Terenos.

Diariamente, o município informa ao hospital a escala dos médicos nos postos de saúde 24h. No entanto, a tabela não foi repassada hoje. A partir da listagem, o HR encaminha os pacientes que não são caso de urgência.

Segundo Aquino, será feito um levantamento do número de pacientes e o Hospital Regional vai oficializar o município e o MPE (Ministério Público Estadual). “O município de Campo Grande é gestor pleno da Saúde. É ele que deve dar solução. Não pode levar os pacientes e deixar lá [no hospital]. O importante é que o município se posicione”, salienta. Conforme o diretor do HR, o pronto-socorro só volta a receber pacientes após reduzir a superlotação. 

A reportagem entrou em contato com o secretário municipal de Saúde, Jamal Salém. Ele disse que a regulação só encaminha pacientes para o hospital em caso de necessidade e pediu meia hora para obter detalhes do que estava ocorrendo. O Campo Grande News retornou a ligação, mas o secretário não atendeu e enviou mensagem de que está em reunião. Nesta sexta-feira, a Capital recebe visita do ministro da Saúde, Arthur Chioro.

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