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Capital

Santa Casa diz que vai instalar aparelhos e acabar com “respirador manual”

Serão instalados aparelhos respiratórios eletrônicos, mas o hospital não informou quando

Luana Rodrigues | 27/07/2016 10:06
Ambú é utilizado por horas para garantir sobrevivência de pacientes em hospital. (Foto: Arquivo)
Ambú é utilizado por horas para garantir sobrevivência de pacientes em hospital. (Foto: Arquivo)

A Santa Casa informou na manhã desta quarta-feira (27), que vai acabar com o uso do Ambú, respirador movido a mãos, utilizados na área vermelha, do Pronto Socorro do hospital. Conforme assessoria de imprensa do hospital, medidas estão sendo tomadas para que os funcionários deixem de usar o “instrumento para ventilar" pacientes em estado grave. Atualmente, a área vermelha tem nove vagas, que usam os aparelhos, mas sempre há superlotação.

A determinação, segundo o hospital, é para “evitar o sofrimento humano com a prática citada, o presidente convocou a diretoria técnica do hospital e determinou que fosse feito o necessário para banir da Santa Casa de Campo Grande a utilização inadequada do equipamento.”

Uma reunião entre o diretor técnico do hospital, Mário Madureira, médico, a enfermeira responsáveis pelo Pronto Socorro, decidiu que serão feitas reformas no prédio do hospital, realocação de setores e algumas alterações de fluxo e atendimento, para disponibilizar alguns leitos que possam ser convertidos em pontos de respiração mecânica, de forma emergencial e transitória, nas necessidades.

O hospital disse que vai instalar os aparelhos respiratórios, mas não informou quando.

Vida nas mãos - Na teoria, o ambú é ligado ao balão de oxigênio e deve ser usado por poucos minutos para estabilizar os pacientes em estado grave. Neste curto período, o respirador hospitalar é calibrado para fornecer oxigênio. Já na realidade, a respiração manual é feita por horas.

Esta má utilização do recurso ocorre com frequência devido a fatores estruturais, que causam outras mazelas no atendimento de forma geral. Exemplo é o aumento da demanda frente à quantidade estanque de leitos tem obrigado os profissionais da área médica a improvisarem soluções para melhorar a sobrevida de pacientes para os quais não se tem o recurso ideal.

Uma destas “saídas” encontradas é a utilização dos ambús por tempo muito maior do que o recomendado para, desta maneira, suprir mesmo que de forma precária a carência de ventiladores mecânicos (eletrônicos) e de leitos de UTIs.

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