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Capital

Santa Casa trabalha com déficit mensal de R$ 2 milhões, diz secretário

Viviane Oliveira | 28/11/2012 14:43
A audiência teve a presença do secretário municipal de saúde, Leandro Mazina. (Foto: Rodrigo Pazinato)
A audiência teve a presença do secretário municipal de saúde, Leandro Mazina. (Foto: Rodrigo Pazinato)

O secretário municipal de saúde, Leandro Mazina, afirmou que hoje a Santa Casa de Campo Grande trabalha com déficit mensal entre R$ 2 milhões a 2,5 milhões, mas as dívidas são negociadas ou estão sendo questionadas judicialmente. “Estamos pagando as dívidas com a Enersul, Águas Guariroba e os bancos, as quais foram devidamente renegociadas e parceladas. Hoje não há nada vencido sem ser pago”, destaca.

A afirmação foi durante audiência da Comissão Especial para Acompanhamento dos Problemas da Santa Casa, na Câmara de Vereadores, na manhã desta quarta-feira (28).

O presidente da ABCG (Associação Beneficente de Campo Grande) Wilson Teslenco, disse que a cada ano a dívida do hospital aumenta. “A audiência de hoje foi marcada para ouvir do secretário de saúde o relatório final da atuação dele com a junta interventora da Santa Casa”, disse.

O hospital está sob intervenção do poder público há sete anos. Por decisão judicial, o comando do hospital vai voltar para ABCG de Campo Grande em meados de 2013. “Ainda está sendo negociada, porém tem grandes chances do hospital voltar para a associação”, afirma o presidente.

Esta é a segunda audiência sobre o tema em menos de 10 dias. No último dia 21 a comissão discutiu o assunto, tendo como principal tema a dívida do maior hospital do Estado que, segundo Wilson já chega em R$ 130 milhões.

Os vereadores da Comissão questionaram o secretário sobre o Hospital do Trauma que está sendo construído em anexo ao hospital há pelo menos 3 anos, para ser uma unidade de atendimento de urgência e emergência para todos os tipos de trauma.

Segundo Leandro, a expectativa era entregar o hospital no mês de dezembro, no entanto devido ao atraso nas obras, o prédio será entregue na próxima administração. “No próximo dia 15 de dezembro faremos uma avaliação para ver o que pode ser entregue ainda este ano”, disse.

Ainda conforme ele, o hospital já tem R$ 7,5 milhões garantidos junto ao Ministério da Saúde, mas serão necessários cerca de R$ 12 milhões para equipar completamente o prédio.

Para o presidente da Comissão de Saúde e membro da Comissão Especial, o vereador Dr. Loester Nunes, se o relatório fosse fechado hoje a opinião dos vereadores seria de que o funcionamento da Santa Casa está inviável.

“Atualmente as cirurgias eletivas estão suspensas, por falta de energia, pois os geradores não suportam a carga de energia do hospital. O pagamento dos médicos que não possuem carteira assinada atrasou dois meses”, disse, acrescentando que a Santa Casa não está bem e a população está sofrendo com isso.

O secretário de saúde explicou que houve o atraso no pagamento porque o hospital teve que pagar impostos. “Quanto a falta de luz já solicitamos um transformador que está vindo de outra cidade e ainda vai demorar pelo menos 25 dias para resolver o problema definitivamente”, disse.

Além de Leandro Mazina, Dr. Loester e Wilson Teslenco, estavam presentes na audiência o advogado do hospital, Carmelindo Rezende, os vereadores: Thais Helena, Athayde Nery e Dr. Loester. A secretária de saúde do Estado, Beatriz Dobashi não pode comparecer à reunião e se colocou a disposição para tirar qualquer dúvida.

Divida - A dívida do hospital cresceu quase 22% no ano passado. Em 2010, o montante totalizava R$ 68,9 milhões. Já em 2011, aumentou para R$ 84,2 milhões.

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