ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SÁBADO  20    CAMPO GRANDE 21º

Capital

Secretário quer fechar Centro Pediátrico instalado no Sírio Libanês

Flávio Paes | 07/09/2015 19:01
Secretário  defende fechamento do Pronto Atendimento Integrado (Foto:Arquivo)
Secretário defende fechamento do Pronto Atendimento Integrado (Foto:Arquivo)

Se depender da avaliação do secretário municipal de Saúde, Ivandro Fonseca, o Centro Municipal Pediátrico, que desde maio passou a se chamar Pronto Atendimento Integrado, será fechado e sua estrutura de equipamento e pessoal distribuída entre as três UPAS e 9 Centros Regionais de Saúde. Por enquanto, segundo o secretário de Governo, Paulo Pedra, o prefeito Alcides Bernal, ainda não tomou uma decisão final a respeito. Vai levar em conta a questão legal e financeira, mas vai pesar o impacto da medida junto à opinião pública.

Como não foi aprovada pelo Conselho Municipal de Saúde, nem está credenciado como parte da rede, a manutenção da unidade (que custa em torno de R$ 1 milhão por mês) é toda bancada com recursos do tesouro, não havendo o aporte de verbas do Fundo Municipal de Saúde. A unidade funciona num prédio alugado ao custo de R$ 190 mil, antigo prédio do Hospital Sírio Libanês. Este custo, que no inícou chegou a R$ 2 milhões, é apontado pelo secretário como uma das razões do atual desequilibrio financeiro da Prefeitura.

Para o secretário, a centralização do atendimento, além de contrariar as normas do SUS (Sistema Único de Saúde) regulamentadas na lei federal 8080,que prega a descentralização, “sacrifica as mães que precisam se deslocar (muitas vezes de ônibus) de bairros distantes ondem moram para o filho ser atendido no centro da cidade, quando há unidades perto da sua casa”.

Antes de levar sua posição ao prefeito Alcides Bernal, o secretário vai buscar o parecer da Procuradoria Geral do Município, terá um levantamento detalhado do custo de manutenção da unidade, além de encaminhar também as manifestações do Conselho Municipal de Saúde e do Ministério Público.

"O Centro foi criado sem que houvesse previsão orçamentária. Não teve o aval da Vigilância Sanitária”, pontua o secretário, que garante ter havido a transferência de pessoal e equipamentos das unidades regionais e UPAS para garantir seu funcionamento. “Foram desativados serviços, inclusive leitos de observação”, comenta.

Outra irregularidade apontada pelo secretário é que quando foi criado, o Centro Pediátrico oferecia remuneração até três maiorem relação ao valor pago pelos profissionais dos 24 horas e UPAS. Um médico pediatrico chegava a ganhar R$ 10 mil, desde que fizessem três plantões semais de 12 horas. No seu auge, a unidade chegou a ter 38 pediátricos. Hoje, só restariam três e os demais são clínicos gerais.

Nos siga no Google Notícias