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Capital

Sem a contrapartida, Prefeitura adia obra de controle de cheias no Anhandui

Flávio Paes | 27/09/2015 20:00
Obras de controle de enchentes no Anhanduí  já foram lançadas duas vezes (Foto:Arquivo)
Obras de controle de enchentes no Anhanduí já foram lançadas duas vezes (Foto:Arquivo)
Perspectiva mostra como ficará o Anhanduí após às obras (Foto:Arquivo
Perspectiva mostra como ficará o Anhanduí após às obras (Foto:Arquivo
Projeto uso de gabião e placas de concreto
Projeto uso de gabião e placas de concreto

Embora 61% dos recursos desde 2012 estejam assegurados junto ao Governo Federal , quando chegou até ser assinada a ordem de serviço, a crise financeira da Prefeitura vai adiar por mais um ano as obras de controle de enchentes no Anhanduizinho. Faltam recursos próprios para garantir a contrapartida de aproximadamente R$ 26 milhões. O projeto que há três anos estava orçado em R$ 42 milhões (valor da verba já disponível) chegou a ser licitado no primeiro semestre desde ano, com custo estimado em R$ 68 milhões com a inclusão do recapeamento das duas pistas da Avenida Ernesto Geisel (que margeia o rio) no trecho entre a Rua Santa Adélia (perto do Coophama) numa extensão de 7,5 km.

O adiamento do projeto  se tornou inevitável depois que ficou descartada a possibilidade de se usar como contrapartida uma parcela de um empréstimo internacional de US$ 70 milhões que a Prefeitura está negociado com o CAF (Banco Desenvolvimento da América Latina) destinado justamente a custear o recapeamento de 70 quilômetros da malha viária urbana. Em agosto, o Governo suspendeu  a avaliação de propostas de seis estados e nove municípios (incluindo Campo Grande) para empréstimos internacionais, no valor de R$ 3,2 bilhões, que dependem do aval da COFIEX (Comissão de Financiamentos Externos), integrado por técnicos dos ministérios do Planejamento, Secretaria do Tesouro, dentre outras instâncias técnicas do Ministério da Fazenda.

Há seis meses, no dia 05 de março, o ex-prefeito Gilmar Olarte, chegou a promover um ato solene para marcar a ordem de licitação das obras, do que foi batizado como Parque Linear Anhandui. O processo de licitação chegou a ser iniciado em maio, mas acabou cancelado no mês de julho, sob o argumento de que seria preciso fazer alguns ajustes no projeto. Na realidade, conforme o Campo Grande News junto à fontes na Secretaria de Infraestrutura, a Caixa Econômica exigiu que o edital fosse refeito, com retirada de alguns itens restritivos a uma competição mais ampla, permitindo a entrada no certame de construtoras de outros estados, diante do volume de recursos envolvidos no projeto que, programado para ser executado em 30 meses, exigiria desembolso mensal superior a R$ 2,6 milhões.

O projeto
A obra contempla além da canalização e a revitalização das margens do rio, o recapeamento da avenida Ernesto Geisel numa extensão de 7,5 quilômetros, trecho entre a rua Santa Adélia (em frente do shopping) até a avenida Campestre, no bairro Aero Rancho; a implantação de seis praças de convívio; pista de caminhada e ciclovia, além de defensas metálicas em pontos de risco para queda de veículos no rio.

O projeto prevê a construção de muros laterais com placas de concreto e sistema gabião que permitirá a drenagem e a urbanização com grama, no trecho entre a rua Santa Adélia e a avenida Manoel da Costa Lima. Deste ponto até avenida Campestre, será executado um serviço de controle de água no canal, com escadarias, dissipadores e obras pontuais nos locais que recebem as águas da chuva que descem dos bairros localizados nas duas margens. Os dissipadores, uma espécie de degraus colocados no leito do rio, são necessários para reduzir a velocidade da água e melhorar o escoamento.

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