ACOMPANHE-NOS     Campo Grande News no Facebook Campo Grande News no Twitter Campo Grande News no Instagram
ABRIL, SEXTA  19    CAMPO GRANDE 27º

Capital

Sem acordo com Governo, servidores federais mostram serviço para pressionar

Paula Vitorino | 16/08/2012 12:54

Policiais federais realizam operação-padrão no Aeroporto e fiscais do Ministério da Agricultura fiscalizam supermercados

Policiais estão realizando operação-padrão no Aeroporto; passageiros na fila de espera para embarque.
Policiais estão realizando operação-padrão no Aeroporto; passageiros na fila de espera para embarque.

Em movimento grevista, policiais federais e fiscais do Ministério da Agricultura resolveram chamar a atenção da população campo-grandense e das autoridades com trabalho dobrado, realizado em duas operações distintas ao longo desta quinta-feira (16).

Os fiscais estão vistoriando os maiores supermercados da Capital e os policiais realizam operação-padrão no Aeroporto Internacional de Campo Grande.

A ação no Aeroporto começou por volta das 11h e deve ir até às 18h. Segundo o Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul, o objetivo é colocar em prática o que deve ser feito rotineiramente, mas não é por falta de efetivo e infraestrutura adequada.

Cerca de 20 policiais estão vistoriando todos os passageiros do embarque e desembarque, checando documentação (se existe algum tipo de restrição para entrada ou saída) e bagagem, em busca de produtos ilegais.

Quem é passageiro precisa ter paciência, já que a operação deve deixa o serviço lento. “Acho válido lutarem pelos seus direitos, mas não é justo afetar também os passageiros”, diz a passageira Tânia Maria de Arruda.

Atualmente, o Aeroporto conta com 2 policiais para as fiscalizações, enquanto que o número ideal, segundo o sindicato, seria entre 4 e 6 profissionais.

“O Brasil se prepara para receber grandes eventos e se a Polícia Federal não receber reforço no contingente o país sofre risco até de ações terroristas”, diz.

Na faixa de fronteira, a operação também acontece em postos federais nos municípios de Corumbá e Ponta Porã. O sindicato denúncia que as delegacias fronteiriças estão sucateadas.

“A Polícia Federal vem sofrendo cortes de recurso e isso prejudica a fiscalização correta”, frisa o presidente do sindicato, Jorge Caldas.

A decisão de realizar a operação foi tomada após o Governo Federal adiar a reunião de ontem para a próxima terça-feira. O movimento é nacional e denuncia o sucateamento da POlícia Federal, pedindo o aumento de recursos e a equiparação do salário dos cargos de agente, escrivão e papiloscopista, de R$ 7 mil, para os outros cargos de nível superior, delegado e perito, de R$ 13 mil.

Fiscais do Ministério da Agricultura fiscalizaram produtos do Extra nesta manhã. (Fotos: Minamar Júnior)
Fiscais do Ministério da Agricultura fiscalizaram produtos do Extra nesta manhã. (Fotos: Minamar Júnior)

Supermercados - A movimentação dos fiscais do Ministério da Agricultura estiveram nesta manhã no hipermercado Extra, na rua Maracaju. Grupo de 10 fiscais vistoriaram todos os produtos comercializados pelo estabelecimento, conferindo desde data de validade, condições de armazenamento até informações corretas sobre o que consta na embalagem e realmente é vendido.

Nenhuma irregularidade foi encontradas, mas os fiscais aproveitaram para tirar a dúvida de um cliente que questionava a venda de carne moída embalada. “Vi que isso é ilegal. Eles dizem ter autorização, mas será que é verdade”, diz Cláudio Calvacante.

O fiscal Luiz Marcelo Martins explicou que a venda da carne embalada é permitida desde que haja selo de certificação fiscal. As carnes embaladas no local tinham o selo do SIM (Serviço de Inspeção Municipal).

Ele também aproveitou para lembrar que o consumidor é o principal “agente

fiscalizador”, devendo ficar alerta para produtos congelados que aparentam ter ficado fora do freezer, por exemplo.

No período da tarde e amanhã os fiscais continuam a ação por outros supermercados da Capital. O objetivo é mostrar para a população a importância do trabalho dos fiscais e pressionar as autoridades para negociação sobre as reivindicações da classe.

Os fiscais chegaram a aderir a greve dos funcionários federais no último dia 6, mas liminar do Supremo Tribunal de Justiça determinou que eles voltassem ao trabalho na última sexta-feira, sob pena de multa de R$ 100 mil. Caminhões carregados de produtos ficaram paradas em frigoríficos e postos de fronteira do Estado durante os dias de greve.

Eles exigem a realização de concurso público para suprir o déficit de 1.500 funcionários em todo o país. Os funcionários alegam que cerca de 50% dos funcionários já estão próximos da idade de se aposentar e há 5 anos não é aberto concurso.

Nos siga no Google Notícias