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Capital

Sem acordo, enfermeiros da Santa Casa ameaçam parar atividades

Michel Faustino | 24/07/2015 16:15
Enfermeiros irão decidir na próxima semana se paralisar parcialmente às atividades. (Foto: Divulgação/Siems)
Enfermeiros irão decidir na próxima semana se paralisar parcialmente às atividades. (Foto: Divulgação/Siems)

Os enfermeiros da Santa Casa de Campo Grande ameaçam paralisar parcialmente as atividades a partir da próxima semana. Desde março deste ano, a categoria tenta negociar reajuste salarial com o hospital, no entanto, a única proposta feita até agora não foi aceita.

De acordo com o Siems (Sindicato dos Trabalhadores na área de Enfermagem de Mato Grosso do Sul), na segunda (27), terça (28) e quarta-feira (29), serão realizadas assembleias para deliberar sobre a paralisação gradativa das atividades, e início da “operação tartaruga”, onde os profissionais interrompem os atendimentos de três em três horas.

Os servidores reivindicam reajuste de 12,68%; adicional de exclusividade de 20% sobre o salário base dos profissionais; abono assiduidade de R$ 184,73; salário de R$ 1.778,86 para os técnicos em enfermagem nível 2 que tenham a graduação em enfermagem; e renovação do instrumento normativo anterior.

Segundo o presidente do Siems, Lázaro Santana, a Santa Casa tem não tem mostrado interesse em negociar com a categoria, bem como, até o momento, ofereceu somente propostas que não são condizentes com as reivindicações.

"Apesar de nossa database ser maio, enviamos a primeira proposta dos profissionais em março com o objetivo de antecipar as negociações, mas a primeira contraproposta da Santa Casa só aconteceu em junho e foi rejeitada em assembleia, porque ofereceram um reajuste de 8,34% que cobre apenas o índice do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e ainda dividido em duas parcelas - sendo 4% sobre a data-base de 2014 e 4,34% sobre o salário base de 2014”, disse.

Conforme o sindicalista, em julho, a categoria rejeitou outra proposta do hospital que previa reajuste de apenas 6%, desta vez retroativo ao mês de maio, mas com valor inferior à inflação.

Segundo Lazaro o hospital tem justificado que está passando por uma crise financeira, agravada pelas dificuldades de contratualização com o município.

"As alegações são curiosas quando olhamos os altos investimentos que estão sendo realizados na estrutura do Prontomed e em diversas alas do hospital. Em relação à contratualização, apesar de não assinarem a renovação do contrato com a prefeitura, os recursos continuam sendo repassados ao hospital. Neste momento de grande "crise" o que realmente temos visto são grandes investimentos na estrutura física do prédio, já as pessoas, os trabalhadores, são deixados para segundo plano", criticou

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