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Capital

Sem financiamento do SUS, equipe móvel de urgência é reduzida

Com a redução foram economizados R$ 532 mil; No inicio 50 profissionais faziam o serviço, atualmente são 7

Yarima Mecchi | 09/02/2017 11:10
Carro usado pela equipe móvel. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)
Carro usado pela equipe móvel. (Foto: Marcos Ermínio/Arquivo)

Sem receber verba do SUS (Sistema Único de Saúde) a equipe móvel de urgência, que percorria os posto da saúde de Campo Grande, foi reduzida pelo secretário de saúde Marcelo Vilela. No inicio de janeiro ele já havia anunciado que por conta da situação financeira da cidade ia precisar reduzir os gastos com projeto financiados pelo Tesouro municipal. Com a redução foram economizados R$ 532 mil, comparando os gastos de novembro/2016 e janeiro/2017.

Em entrevista ao Campo Grande News, o secretário disse que iria readequar projetos que não têm aval do Conselho Municipal de Saúde para habilita-los e conseguir financiamento do Governo Federal.

"Nossa prefeitura está em uma situação financeira bastante grave. Uma UTI (Unidade de Tratamento Intensivo) praticamente. Vamos ter que readequar e vamos ter que pegar projetos de Brasília para ver se traz recurso para fazer um aporte financeiro", afirmou.

O projeto que começou no primeiro ano de mandato do ex-prefeito, Alcides Bernal (PP), em 2013, tinha 50 médicos. Em 2016 o projeto foi anunciado com 20 médicos e segundo a Sesau atualmente 7 profissionais fazem o serviço. A equipe foi instituída para atuar em casos de crise, como a epidemia de dengue.

Em nota a secretaria informou que o número de profissionais começou a ser reduzido em 2016, uma vez que a cidade não estava mais em estado de epidemia. Ainda de acordo com a nota encaminhada pela Sesau, "a equipe móvel perdeu sua característica principal a qual foi concebida que era para intervir em crises e tão somente estava 'tapando buraco' com custos elevados ao município".

Em novembro de 2016 foram realizados 235 plantões de 12h e 724 de 6h, pelos médicos da equipe móvel, ao custo de cerca de R$ 1 mil e R$ 500 cada, respectivamente. Cerca de R$ 597 mil. Em janeiro de 2017, foram 21 plantões de 12h e 88 de 6h, com o mesmo custo cada. Cerca de R$ 65 mil ao todo.

Mesmo com a redução, a Sesau descarta extinguir o projeto e afirma que essa equipe deve ser mantida até que o deficit seja suprido parcialmente. A previsão é de convocação de médicos aprovados em concurso, com 26 clínicos e 14 pediatras, e contratação de outros profissionais.

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