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Capital

Sem negociação, greve permanece e efetivo pode diminuir no HU

Filipe Prado | 07/10/2014 18:10
A greve acontece há 22 dias e pode piorar, caso não haja negociação (Foto: Marcos Ermínio)
A greve acontece há 22 dias e pode piorar, caso não haja negociação (Foto: Marcos Ermínio)

Desde o dia 15 de setembro o Sista/MS (Sindicato dos Trabalhadores das Instituições Federais de Ensino do Estado do Mato Grosso do Sul) deflagraram um greve para reivindicar os pagamentos dos plantões dos meses de janeiro, fevereiro e março deste ano. Sem conclusões e problemas nas negociações, o sindicato ameaçou diminuir o funcionamento do Hospital Universitário, que opera somente com 50%.

De acordo com o coordenador geral do sindicato, Valter Gomes de Sousa, todos os dias pela manhã é realizado uma assembleia com a comissão de greve e os funcionários do HU para decidir o futuro da greve. Na manhã de hoje (7), o Sista resolveu continuar a greve, por um prazo indeterminado, até que os problemas na negociação cessem.

“Ontem o diretor geral do HU saiu de férias e deixou outra pessoa para realizar a negociação, porém esta pessoa viajou para São Paulo. Ficamos sem informações ou representante legal para nos informar”, comentou Vagner.

Também coordenador geral do Sista, Marcio Saravi, o HU está operando com cerca de 30 a 50% do efetivo, dependendo do setor, em escala de plantão, mas ainda não prejudicou nenhum paciente do hospital. Algumas demandas do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foram desviadas para a Santa Casa e o Hospital Regional, porém não danificou o atendimento.

Valter revelou que não foi planejado diminuir o efetivo do hospital, mas caso haja dificuldade nas negociações, a “paralisação será intensificada”. O MPF (Ministério Público Federal) também será acionado pelo sindicato.

Conforme a assessoria de imprensa do HU, em setembro foram realizadas 286 cirurgias e 74 foram suspensas. As cirurgias de urgência e emergência estão sendo realizadas, assim como aquelas que já haviam sido marcadas antecipadamente.

Porém os pacientes não afirmaram que estão sendo prejudicados pela greve. “Vim para uma consulta da minha filha e ainda consegui um encaixe para o meu bebê. Pra mim está normal”, constatou a cozinheira Rosimara Mesquita, 29 anos.

As amigas Josiane Vieira Souza, 54, e Iraci Antônia da Silva, 69, destacaram que a greve não afetou o atendimento. “Toda semana eu venho e está tudo normal”, comentou Iraci.

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