Sem noção do perigo, meninos pulam da pista da BR-262 ao córrego
Trio encara brincadeira como inocente. Ignoram perigo mesmo com o buzinar constante de caminhões
A brincadeira de criança, de pular e se refrescar em um córrego não teria problemas se não fosse o local às margens da BR-262, próximo ao lixão. Os meninos flagrados na tarde desta segunda-feira, tomando banho no córrego, já eram grandinhos.
Mas não são os únicos a aproveitarem o calor e se expor ao perigo. Segundo relatos da vizinhança e até da própria Guarda Municipal, a ida de meninos e meninas não é nem frequente, se tornou diária.
O motivo além da inconsequência são as férias escolares. Muitos dos pais se quer sabem que os filhos estão ali, informou ao Campo Grande News um guarda municipal que faz a vigia ali próximo, no lixão.
Quem se divertia hoje como se o córrego não apresentasse risco nenhum já pode ter noção das consequências. Os meninos tinham idade de 14, 17 e um de 18 anos.
Sem querer se identificar, todos relataram que moram no Jardim Centenário, a pouco mais de 2 quilômetros do córrego. De início se sentiram envergonhados, mas depois encararam como uma brincadeira e até pulavam para as câmeras.
A sujeira da água é visível e nem precisa se aproximar tanto. Ali também o que há de sobra são restos de isopores, usados para diversão.
Sem nem se importar com a proximidade e o correr dos caminhões em plena rodovia, eles armavam saltos. Saíam até a pista, davam impulso e depois se jogavam no córrego. Como se não houvesse perigo algum.
“Não tem perigo não, eles não tão buzinando para a gente e sim para vocês”, respondia um deles sobre o buzinar constantes dos caminhões. Eram de motoristas ao volante tentando dar um alerta de que ali não é lugar de brincar.
Mas a resposta dos meninos surpreende tanto quanto a brincadeira perigosa. “A gente não tem onde ficar. Se vai soltar pipa, manda a gente embora, se vai pro campinho jogar bola, dão tiro. Se monta na bicicleta, roubam”, explicam.
A equipe de reportagem seguiu e a diversão deles continuou. Os três deram tchau como se nada tivesse acontecido e o local fosse o de maior segurança possível.