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Capital

Sem obras contra enchentes, moradores do Guanandy sofrem com alagamentos

Ítalo Milhomem | 06/03/2011 19:15
Cratera ocasionada pelo rompimento de um duto de galeria pluvial. Ao fundo manilhas que estão sem ser utilizadas há mais de 2 meses. (Foto: Ítalo Milhomem)
Cratera ocasionada pelo rompimento de um duto de galeria pluvial. Ao fundo manilhas que estão sem ser utilizadas há mais de 2 meses. (Foto: Ítalo Milhomem)
Ao fundo da residência de Alice, a marca na parede até onde chega a água em dias de chuva. (Foto: Ítalo Milhomem)
Ao fundo da residência de Alice, a marca na parede até onde chega a água em dias de chuva. (Foto: Ítalo Milhomem)

Após mais de três meses sofrendo com problemas ocasionados pelas enchentes, moradores do bairro Guanandy ainda não tiveram solução por parte da prefeitura.

Desde o ano passado, os moradores já fecharam por três vezes a avenida Ernesto Geisel tentando pressionar o poder público para resolver a situação.

Um dos problemas recorrentes é que as manilhas das galerias pluviais não suportam a vazão de água e acabam se rompendo e transbordando e inundam as residências que ficam próximas ao córrego Anhanduí.

Um dos principais locais afetados é a rua Cora. Lá as manilhas passam por debaixo de algumas residências, muitas delas estão danificadas e com o grande volume de água das chuvas acabam se rompendo e alagando as casas.

As casas da região ainda não têm ligamento com a rede esgoto e os resíduos são despejados para o córrego pelas galerias pluviais.

Próxima à rua Cora na avenida Manoel da Costa Lima inúmeras manilhas para galerias pluviais se encontram nas calçadas há mais de dois meses, mas nenhum obra foi iniciada revelam os moradores.

O padeiro Samuel Dias, 47 anos, mostrou um dos problemas que afeta o bairro.

Na avenida Manoel da Costa Lima, entre avenida Ernesto Geisel e a rua Amiute há uma buraco de cerca 4 metros de diâmetro e pelo menos 2 metros de profundidade, causado pelo rompimento de uma manilha. Nos dias de chuva intensa, a água transborda e corre para rua Cora, que fica em uma baixada sem saída.

Dias conta que umas das manilhas estouradas está ao lado de sua casa e por isso causa várias infiltrações nas paredes nos dias de chuva. Ele mostrou a reportagem um vídeo onde aparece a água minando do ralo do seu banho, que ficou alagado.

Na casa da frente, Alice Gama Tavares, 49 anos, sofre com o mesmo problema. Lá a água chega a 40 centímetros de altura e alaga toda residência. Ela já tentou construir uma barreira de cimento na porta de entrada para evitar que a água entre na casa, mas não deu certo.

Na chuva dd tarde deste domingo (6), a casa foi novamente invadida pela chuva e ela teve que erguer os colchões e deixá-los em cima das cadeiras. Em um dos quartos a solução para retirar a água da chuva acumulada foi fazer um buraco na parede para que a água escoasse.

“Esses dias eu cheguei aqui depois do serviço só para limpar casa que estava cheia de lama” desabafa Alice.

Um pouco mais adiante, em um das últimas casas da rua Cora, dona Maria de Olinda, conta que com as chuvas já perdeu quase todos os móveis e até documentos. Ela mora junto com 11 pessoas, seis filhos, duas noras e três netos.

“Não podemos comprar nada para casa porque sempre perdemos tudo com as chuvas”, reclama Maria de Olinda.

Ela mostra uma manilha de galeria pluvial, que passa por dentro de seu quintal, e sempre transborda nos dias de chuva.

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