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Capital

Sem pessoal, centro especializado ainda não monitora suspeitas de zika

Flávia Lima | 31/12/2015 17:16
Cedip fechou nesta quinta-feira no período da tarde. (Foto:Pedro Peralta)
Cedip fechou nesta quinta-feira no período da tarde. (Foto:Pedro Peralta)

O Cedip (Centro de Doenças Infecto-parasitárias) da prefeitura da Capital ainda não está realizando o monitoramento de grávidas com suspeita de zika vírus. No dia 18 de dezembro, durante balanço das ações de combate à dengue, a diretora de Assistência à Saúde da Sesau (Secretaria Municipal de Saúde), Rosimeire Arias, afirmou que a intenção era montar uma equipe formada por um ginecologista e um infectologista que teria a função de monitorar as gestantes.

A ideia era de que os profissionais começassem a atuar, no máximo, uma semana após o balanço das ações da dengue. No entanto, na tarde desta quinta-feira (31), a equipe do Campo Grande News esteve no local para verificar se ele estava aberto e se já realizava o monitoramento.

Ao chegar no Cedip, por volta das 16 horas, constatou que o local estava fechado, sendo que o horário de atendimento é das 6 às 17 horas. Na UBS (Unidade Básica de Saúde) do Nova Bahia, que funciona no mesmo quarteirão do Cedip, uma funcionária, que também atua no Centro, disse que o local havia fechado pro volta do meio-dia por falta de profissionais para o plantão da tarde.

Ela também afirmou que o monitoramento às gestantes ainda não está ocorrendo e que apenas na segunda-feira a direção do Cedip iria discutir a formação da equipe exclusiva para atender as grávidas. A enfermeira, que não quis se identificar, também ressaltou que quem apresentar suspeitas de zika, chikungunya ou dengue, deve procurar inicialmente as UPAs (Unidades de Pronto Atendimento).

Segundo informação repassada por Rosemeire Arias no dia 18 de dezembro, todas as mulheres grávidas que apresentarem suspeita do zika vírus serão encaminhadas ao Cedip para acompanhamento.

Ela também explicou que, para isso, a gestante terá que iniciar o pré-natal na rede municipal de saúde. Caso durante oe exames ela apresente as suspeitas, será encaminhada para monitoramento no hospital.

Durante o acompanhamento, será pedido o ultrassom morfológico, exame feito normalmente entre 18 e 20 semanas de gravidez, e que serve para avaliar o desenvolvimento do bebê de forma detalhada.

Através dele é possível verificar o formato, a estrutura e a medida da cabeça do bebê, detalhe fundamental, uma vez que o Zika vírus está relacionado aos casos de microcefalia detectados em diversas regiões do país.

Os exames para constatar o zika vírus são encaminhados ao Instituto Adolfo Lutz, em São Paulo, credenciado pelo Ministério da Saúde. Não é possível realizar o exame em clínicas particulares do Estado.

1º caso - A SES (Secretaria de Estado de Saúde) confirmou nesta quarta-feira (30), o primeiro caso de zika vírus em Mato Grosso do Sul. A vítima é uma gestante de 21 anos, residente em Campo Grande segundo as informações oficiais, ela apresentava dor de cabeça, vermelhidão nos olhos, mal estar e manchas vermelhas na pele, mas não tinha febre.

A gestante foi atendida no dia 1º de dezembro e está em casa. A doença também é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, também transmissor da dengue e Chikungunya.

A secretaria pede que quem apresentar os sintomas da doença procure uma UBS (Unidade Básica deSaúde). Também reforça a necessidade de combater o mosquito Aedes aegypti.

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